RECURSOS
Técnico do basquete considera suficientes os recursos previstos, enquanto treinador do handebol fala que valores servem de “base” e o do vôlei se queixa
Edital do fundo de incentivo da FEL divide opiniões entre responsáveis por modalidades
AFEL (Fundação de Esportes de Londrina) abriu edital na sextafeira (11) para projetos que serão beneficiados pelo Feipe (Fundo Especial de Incentivo a Projetos Esportivos) com o valor total de R$ 5,699 milhões. A reportagem da FOLHA conversou com os responsáveis pelas equipes de Londrina que disputarão ligas nacionais este ano. Se há quem demonstre satisfação com os valores destinados para a sua modalidade, há quem reclame do montante previsto, afirmando ser insuficiente para cobrir despesas básicas.
Segundo o técnico Bruno Lopes, do Londrina Unicesumar Basketball, os valores previstos para a sua modalidade estão dentro das expectativas: “Falaram que iriam apoiar o basquete e estão fazendo isso. Ficamos contentes com os valores”. Caso todos os recursos dos projetos sejam aprovados, serão R$ 40 mil para o basquetebol feminino adulto e R$ 470 mil para o masculino.
Para as categorias de base, serão destinados R$ 100 mil para o feminino e R$ 95 mil para o masculino (atletas nascidos entre 2001 e 2004). “Será possível contratar reforços e fortalecer o time. Estamos confirmados na Liga Ouro, e a meta é ficar entre os dois primeiros e subir para o NBB (Novo Basquete Brasil). Ano passado, também conquistamos a Taça Paraná e os Jogos Abertos. A meta é continuar conquistando esse títulos”, comentou Lopes.
Para a equipe de handebol MRV/Unicesumar/Paiquerê FM/Unimed Londrina, o edital deste ano prevê R$ 270 mil para o adulto e R$ 86,4 mil para o juvenil. “O nosso projeto tem um orçamento de R$ 400 mil, então é bem abaixo do investimento do Taubaté (R$ 1,5 milhão) e do Pinheiros (R$ 1 milhão). Temos um grupo bom e temos atletas que querem vir para Londrina e isso ajudaria muito. O Feipe para mim é a base. Sem ele não há equipe”, destacou o técnico Giancarlos Ramirez.
Para o técnico Ronivaldo Marques, o Fumaça, da equipe de voleibol feminino Marcelino Champagnat/ FEL, os valores previstos no edital do Feipe - R$ 163,5 mil para o feminino e R$ 48 mil para o masculino - são insuficientes para manter uma equipe de alto rendimento. Ele afirmou que, só para jogar a Superliga B, precisaria de R$ 200 mil e que só tem ajuda de alguns parceiros nas áreas de fisio- terapia, academia e clínicas.
“Mas de dinheiro eu não tenho um centavo. Esse (recurso do) Feipe é pouco para nós”, lamentou Fumaça. “Eu já tenho uma tradição de 30 anos no voleibol em Londrina, mas no ano passado o projeto do (colégio) Vicente Rijo foi aprovado e o meu não. Eles acabaram levando todos os meu atletas para lá”, relatou. O treinador espera a ajuda da torcida para equilibrar as contas. “Se o torcedor comprar o ingresso, já pode me ajudar. Se colocarmos 6 mil pessoas no ginásio a R$ 12,50, já me ajuda muito”, declarou.
Segundo Fernando Madureira, presidente da FEL, o valor disponibilizado para o esporte pela prefeitura está no mesmo patamar do ano passado, mas em 2019 o repasse por modalidades será um pouco maior. “No ano passado, a gente deixou parte do valor para fazer melhorias nos espaços esportivos, mas esse ano quase tudo vai para as modalidades esportivas”, explicou. Ele ressaltou que a distribuição dos recursos obedeceu ao critério da meritocracia e que o voleibol teve aumento de 40% em relação ao edital anterior.
Os interessados em integrar os programas de incentivo disponibilizados terão prazo até 11 de fevereiro para apresentar seus projetos. O edital pode ser acessado no portal www.londrina. pr.gov.br/fel.