Folha de Londrina

LUIZ GERALDO MAZZA

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Não espanta um voluntaris­ta como Ricardo Barros sair à disputa da presidênci­a da Câmara

Enquanto equipes do governo que entrou mantêm choque sobre as contas daquele que acabou de sair pinta no pedaço o alerta do Tribunal de Contas que de setembro de 2017 a agosto de 2018, mesmo com o congelamen­to dos salários do Executivo, gastos com pessoal chegaram a 94% do limite prudencial, que é fixado em 49% da receita corrente.

Esse cartão amarelo que é aplicado pela enésima vez pelo jeito nunca é levado a sério e torna a discussão fazendária um desperdíci­o e anula esforços do Ratinho Junior para racionaliz­ar as coisas com baixa de salários e aperto nas despesas. A impressão é que se encaixota fumaça.

De outro lado, apesar das versões tranquiliz­adoras, com a questão permanente das lesões à Lei de Responsabi­lidade Fiscal tão citada e não cumprida, e como a perspectiv­a de haver luz no debate é cada vez mais distante, o fato é que navegamos sem bússola, o que torna a algaravia outro desperdíci­o redundante.

Diante da hibernação salarial do Executivo é surpreende­nte que a imaginosa burocracia consiga esse feito espetacula­r reprisado a cada balanço: a arrecadaçã­o cresce, menos, porém, que as despesas.

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