Folha de Londrina

Onyx diz que governo estuda abrir mercado de armas

- Talita Fernandes Folhapress

Brasília - Após a decisão do presidente Jair Bolsonaro de assinar um decreto que flexibiliz­a a posse de armas, o ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, afirmou nesta terça-feira (15) que o governo estuda medidas de abertura do mercado de armas no país. Onyx disse que há possibilid­ade de redução de alíquotas e impostos que incidem sobre as armas. Segundo o ministro, nada está decidido e a ideia é trazer isenções para o consumo e não para o fabricante.

“Isso está em estudo. A gente sempre lembra de que deveria haver a instalação de fábricas aqui no Brasil, na maioria dos países essa é uma condiciona­nte para a competição, então o governo pensa dessa forma para poder receber aqui novas fábricas. E aí trazem tecnologia para o país, trazem novos empregos, investimen­tos”, disse o ministro em conversa com jornalista­s após a cerimônia de assinatura do decreto.

Entre outras medidas, o texto assinado pelo presidente aumentou o prazo de validade do registro de armas de 5 para 10 anos e estabelece­u critérios a serem preenchido­s por aqueles que desejam ter uma arma. Apesar das mudanças, segue a exigência de autorizaçã­o de um delegado da Polícia Federal para que um cidadão tenha armamento em casa.

O chefe da Casa Civil de Bolsonaro tratou o tema como uma possibilid­ade futura e argumentou que o país ainda precisa estabiliza­r as contas públicas. De acordo com cálculos da equipe econômica, a previsão de deficit fiscal para 2019 é de R$ 139 bilhões. O Executivo estuda tanto formas de trazer indústrias estrangeir­as se instalarem no Brasil quanto facilitar a importação de armamento do exterior para o País.

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