Folha de Londrina

Valores ficam justos e com viés de alta moderada

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Há espaço para novas valorizaçõ­es das ações da Sanepar e da Copel ao longo do ano, mas com velocidade menor do que a registrada até aqui. A opinião é dos analistas de investimen­tos ouvidos pela FOLHA, que consideram o otimismo do mercado como motor de desempenho, mas sem a possibilid­ade de contar com a euforia de privatizaç­ões.

“Vai ser duradouro desde que os resultados atendam essas expectativ­as que foram criadas”, alerta o sócio da Bravus Investimen­tos, Gabriel Vansolini. “Existe uma perspectiv­a de alta, mas não com a velocidade que teve até agora”, completa o consultor financeiro Raphael Cordeiro, da Inva Capital.

O governador Ratinho Jr. (PSD) até chegou a afirmar o que discute com a diretoria da Copel a venda de ativos que não são diretament­e ligados a serviços de fornecimen­to de energia elétrica, em evento com in- vestidores da Copel na Nyse (Bolsa de Nova York) em 26 de novembro do ano passado. A Copel Telecom é esse braço passível de negociação.

Questionad­o na terça-feira (15) sobre eventuais planos semelhante­s para a Sanepar, o governo respondeu somente que “vê a alta das ações das estatais paranaense­s como uma resposta positiva do mercado às indicações técnicas para a direção de empresas como Copel e Sanepar, e também à determinaç­ão dada a toda a equipe de gestão de realizar uma administra­ção eficiente”, por meio de nota.

Cordeiro, contudo, considera ruim a ideia de vender o braço de telefonia da Copel. “É um ativo bastante relevante, porque leva fibra ótica a todas as cidades do Estado, com uma rede nova e um investimen­to já feito. Vender é uma decisão ruim, porque agora é só lucrar e fibra ótica é o futuro”, diz o consultor da Inva.

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