Folha de Londrina

Moradores aguardam casas no Flores do Campo

- (S.S.)

Os moradores da ocupação do conjunto Novo Amparo que ficaram desabrigad­os foram levados para a Igreja Católica do bairro, onde passaram a noite. O local não tem estrutura para abrigar as famílias. A Defesa Civil forneceu lanches e colchonete­s, que foram distribuíd­os em uma área aberta do lado de fora da igreja, mas nesta terça-feira (15) funcionári­os da CohabLD (Companhia de Habitação de Londrina) e do Cras (Centro de Referência de Assistênci­a Social), vinculado à Secretaria Municipal de Assistênci­a Social, estiveram no local para conversar com as famílias e tentar encontrar um lugar mais adequado para elas ficarem provisoria­mente, até que consigam uma moradia definitiva.

O presidente da Associação de Moradores do Conjunto Novo Amparo, Flávio Alves Folgado, disse que a população tenta resolver a questão da moradia desde a gestão passada do governo municipal, mas a solução demora a chegar. “Foram feitas muitas reuniões e de lá para cá, o município não deu uma resposta. Agora pedimos apoio da sociedade e também de órgãos públicos para que a gente possa ajudar essas pessoas a reconstrui­rem suas casas.”

Assistente­s sociais do Cras e da Cohab reuniramse com cada família separadame­nte para ouvir a necessidad­e de cada um e tentar encontrar uma solução. Segundo a assistente social da Cohab, Edna Aparecida de Carvalho Braun, todos estão inscritos na companhia de habitação. A maioria tem cadastro na Cohab e aguarda na fila por uma moradia no residencia­l Flores do Campo (zona norte), mas o projeto de mais de 1.200 unidades habitacion­ais tocado com recursos do programa do governo federal Minha Casa Minha Vida foi paralisado, a construção foi invadida em 2016 e até agora não houve a reintegraç­ão de posse à Caixa Econômica Federal.

Pelo menos um dos moradores que perdeu tudo no incêndio desta segundafei­ra chegou a ser contemplad­o com um imóvel por um programa habitacion­al em 2009, mas a Cohab não soube informar qual foi o destino desse imóvel. Neste caso, o morador não voltará a ser contemplad­o pela companhia de habitação.

A secretária municipal de Assistênci­a Social, Maria Inês Galvão de Mello, disse que a maioria das famílias já é referencia­da no serviço de assistênci­a e, por meio desse serviço, poderão receber um benefício eventual, cestas básicas e se houver pessoas que não são de Londrina e queiram retornar a sua cidade de origem, a secretaria poderá pagar a passagem. “Se depois da triagem ainda ficar família em situação de não ter para onde ir, podemos oferecer abrigo na Morada de Deus ou no Bom Samaritano, que são os abrigos que temos, até que se tenha uma situação em definitivo.”

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Moradores foram levados para a Igreja Católica, onde passaram a noite; Cras e Cohab tentam encontrar um local mais adequado

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