‘Estamos cultivando com comprometimento’
Gabriel Baptistone, 21, é aluno de licenciatura em química e monitor desta matéria no cursinho Feldman, da UTFPR. Ele foi responsável por ajudar na preparação da prova de seleção e também das aulas que ministrou durante 2018. O que ele aprendeu, como futuro professor, é o desafio de dar aula para turmas tão heterogêneas. “É preciso ser bem flexível. Primeiro por causa do calendário, que é apertado e temos muito conteúdo para passar. E nem sempre a aula sai como planejamos, às vezes é preciso ir mais devagar e tirar dúvidas, ou mais rápido quando sobra tempo. Aprendi a ter vários planos de aula”, relata.
Durante o estágio na faculdade, já atuou na rede pública e também na privada. Mas é no cursinho comunitário que ele tem oportunidade de inovar nas aulas. “Já tivemos aulas em conjunto entre química e biologia para falar de água e também uma aula prática para explicar como funcionam os fogos de artifício. São coisas simples, mas com grandes resultados”, diz ele, que precisou conciliar o cursinho com a faculdade. “Não é fácil, mas muito recompensadora a sensação de ver as pessoas aprendendo e se divertindo.”
A coordenadora do cursinho, Nazira Harb, espera poder ampliar o número de estudantes de Londrina e região. “Plantamos uma semente e estamos cultivando com carinho e comprometimento. Ainda estamos aprendendo a acompanhar melhor os resultados dos nossos alunos (no Enem e vestibulares)”, diz a professora. Segundo ela, a universidade deveria se aproximar mais da comunidade. “Muitas pessoas desconhecem o que é feito e também as iniciativas poderiam ser melhor aproveitadas. Para os alunos que vêm para o cursinho, várias portas aqui são abertas para eles.” (A.E.F.)