Implosão no horizonte
Não bastassem as crises do governo Bolsonaro, amplamente expostas nos áudios da revista Veja, e num momento em que se aposta numa redenção expressa na reforma previdenciária, pinta o alarme do fechamento da fábrica de caminhões da Ford em São Bernardo do Campo e que pode gerar dispensa de 24 mil trabalhadores, direta ou indiretamente envolvidos nesse processo.
Curioso é assinalar que uma concorrente do segmento em Curitiba, a Volvo, programa investimento de R$ 250 milhões e a consequente criação de 300 vagas obreiras. Caminhões pesados são uma consequência nacional de surtos de desenvolvimento, mas já se detectou sinais claros de saturação nesse segmento, produtos incompatíveis com crise e recessão e boa parte animada pela nem sempre racional guerra fiscal entre estados no desespero de emplacar montadoras.
Volta e meia, quando ocorre um caso de supressão fabril, ainda mais nessa área, posto que esse caso específico esteja programado para ocorrer ao longo do ano, a imaginação primeira que se dá é na hipótese do efeito cascata. Convenhamos que perto disso aí os áudios que confrontam as falas de Jair Bolsonaro e especialmente as do filho do meio, o Carlos, levam jeito de fofoca.