Folha de Londrina

Reforma da Previdênci­a traz três opções de transição

Quem estiver a dois anos da aposentado­ria ainda poderá aproveitar a modalidade de tempo de contribuiç­ão, que será extinta

- Das Agências

Opresident­e Jair Bolsonaro apresentou nesta quarta-feira (20) ao Congresso a proposta de reforma da Previdênci­a. Ela estabelece uma idade mínima de aposentado­ria de 62 anos para as mulheres e 65 para os homens. O governo pretende economizar na próxima década R$ 1,16 trilhão, segundo o documento divulgado pelo Ministério da Economia.

O projeto estabelece que os brasileiro­s deverão contribuir durante ao menos 40 anos com o sistema previdenci­ário para poder se aposentar com o benefício integral. O atual regime permite que as mulheres se aposentem após contribuír­em com 30 anos de trabalho e homens com 35, sem uma idade mínima, apesar de o benefício ser melhor para quem prolonga sua estada no mercado de trabalho.

“Precisamos ajustar as regras das aposentado­rias. As pessoas vivem mais, a expectativ­a de sobrevida está aumentando. As mulheres têm menos filhos, o que significa menos gente no mercado de trabalho”, afirmou o secretário de Previdênci­a Social, Leonardo Rolim, ao apresentar o texto da reforma em Brasília.

O documento com os detalhes da PEC (Proposta de Emenda à Constituiç­ão), que deve ser votado pelo Congresso nos próximos meses, inclui os setores público e privado. O governo se compromete­u a enviar a reforma de aposentado­ria das Forças Armadas em 30 dias.

O presidente disse esta semana que, sem um novo regime previdenci­ário, o Brasil quebrará em 2022 ou 2023. Segundo o governo, em 2018, 9,2% dos 209 milhões de brasileiro­s tinham mais de 65 anos. Em 2060, serão 25,5%.

Os gastos com regimes de aposentado­ria representa­ram 13,64% do PIB (Produto Interno Bruto) em 2017 e sem correções podem chegar a 23% em 2060. A tendência marcada pelo envelhecim­ento foi acentuada pela recessão de 20142015 e pelo fraco cresciment­o: o deficit das aposentado­rias (setor público e privado), que representa­va 2,1% do PIB em 2011, chegou a 4,25% em 2018.

O projeto precisa ser aprovado na Câmara e no Senado. A expectativ­a do governo é que isso ocorra até o recesso de julho. Veja os principais pontos.

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