Violência contra jornalistas avança no País
São Paulo - O número de jornalistas assassinados e alvos de violência aumentou no último ano. Segundo o relatório da Abert (Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão), lançado nesta quarta-feira (20) em Brasília, foram três assassinatos em 2018, dois a mais do que no ano anterior.
Os casos de Jefferson Pureza Lopes, Jairo Sousa e Marlon Carvalho, os três radialistas assassinados, são semelhantes. Segundo a pesquisa, todos atuavam em cidades interioranas e morreram depois de divulgarem críticas e denúncias contra autoridades públicas e políticos locais.
Casos de atentados, agressões, ameaças e ofensas, categorizados como violência não letal, tiveram aumento de 50% em relação aos 76 casos registrados em 2017. A associação contabilizou 114 registros envolvendo pelo menos 165 profissionais e veículos de comunicação no ano passado.
Nesta categoria, as agressões físicas são as mais recorrentes - representam 34% dos casos. O relatório aponta que os profissionais de TV foram as principais vítimas entre os 54 comunicadores agredidos, e que 72% dos casos estão nas regiões Sul e Sudeste. São Paulo contabiliza 12 casos, o maior número entre os Estados. O Norte é a única região em que não houve registro de agressão.
Os principais autores dos casos foram manifestantes e militantes partidários. “Em praticamente todas as regiões, repórteres, cinegrafistas e fotógrafos receberam empurrões, socos e chutes”, registra o relatório.