DEFINIÇÕES
Novatos Felipe Francischini e Luisa Canziani e ex-senador Sergio Souza destacam protagonismo do Estado
Paraná tem três presidentes de comissões permanentes da Câmara Federal
Curitiba
- Um dos estados responsáveis pela vitória de Jair Bolsonaro (PSL-RJ) em outubro, com mais de 68% dos votos, o Paraná terá três representantes comandando comissões permanentes da Câmara dos Deputados nessa legislatura, em Brasília. A CCJ (de Constituição e Justiça e de Cidadania), considerada a mais importante delas, será presidida por Felipe Francischini (PSL-PR), 27 anos. Completam a lista Luisa Canziani (PTB-PR), 22, na Defesa dos Direitos da Mulher, e Sergio Souza (MDB-PR), 48, na CFT (Finanças e Tributação).
A escolha se dá conforme o tamanho das bancadas de cada legenda ou bloco. A definição na Comissão de Legislação Participativa foi a única que ficou para a semana que vem. Em coletivas de imprensa e entrevistas à FOLHA, os parlamentares destacaram o protagonismo do Paraná no Congresso e listaram as pautas prioritárias dos próximos meses, como a votação da reforma da previdência e o ajuste fiscal.
“Conversaremos com todos os líderes partidários, com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), bem como todos os membros da comissão, para definir um calendário de tramitação, e também estamos dialogando com todos para definir um relator de consenso”, disse Francischini, sobre a previdência. “Não podemos errar. A decisão é importante porque a reforma é importantíssima para o futuro do Brasil”.
Filho do Delegado Francischini (PSL-PR), mais votado na AL (Assembleia Legislativa), Felipe recebeu 241 mil votos. É bacharel em Direito e, de 2015 a 2018, foi deputado estadual. Entre suas atribuições estão a análise de projetos quanto aos aspectos constitucional, legal, jurídico, regimental e de técnica legislativa.
GARANTIA
Souza disse que, apesar de a reforma da previdência não passar pela CFT, já enviou um requerimento ao ministro da Economia, Paulo Guedes, e ao Secretário Especial de Previdência, Rogério Marinho, propondo uma audiência sobre o tema. Segundo ele, o texto não seria aprovado da forma como está hoje. “Tem que oferecer uma garantia às pessoas que seja justa. Precisa retirar privilégios, e não direitos.”
Outras questões que devem ser priorizadas, de acordo com o emedebista, são o pacto federativo, a reforma tributária, as ameaças de revogação da Lei Kandir e o excesso de impostos. “A comissão é o palco dos debates sobre a economia, e a economia é a pauta do momento”, afirmou. Para o parlamentar, a Casa vive um período de recuperação de prestígio. “Nós teremos um protagonismo nessa retomada do crescimento. A gente sempre olha com olhar diferente para o nosso povo”, completou.
Sergio Souza está no segundo mandato. Antes, foi senador (2011-2014), cargo que ocupou por ter sido eleito suplente de Gleisi Hoffmann (PT-PR). “Foram as circunstâncias que nos levaram a uma coligação com o PT. Sou MDB desde a juventude, numa ala mais moderada”, justificou. Na Câmara, comandou a Comissão de Agricultura, em 2017, e foi relator da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) dos fundos de pensão, encerrada em 2016.