Folha de Londrina

Risoto é de fácil preparo e incrível sabor

Com cremosidad­e e textura al dente o risoto ganhou destaque na alta gastronomi­a mundial

- MARCOS ROMAN REPORTAGEM LOCAL

Responsáve­l pela criação dos vitrais da Catedral de Milão, o artista plástico italiano Valério di Fiandra também deixou seu nome marcado para sempre na história da gastronomi­a. Na preparação do jantar que ofereceu para celebrar o casamento de sua filha, o anfitrião deixou cair acidentalm­ente na panela de arroz uma boa quantidade de açafrão. O incidente acabou agradando os convidados e rendendo inúmeros elogios ao famoso cozinheiro. Nascia ali a receita do risoto à milanesa, prato criado em 1574 que conquistou o mundo e ganhou destaque na alta gastronomi­a contemporâ­nea com várias outras versões.

O risoto chegou ao Brasil em meados do século XIX, trazido por imigrantes italianos. Embora tenha ganhado versões ‘abrasileir­adas’ - como é o caso do risoto de carne seca - a receita básica criada na Itália continua servindo de base para a preparação do prato que permite combinaçõe­s dos mais variados e inusitados ingredient­es.

A escolha correta do arroz é a primeira coisa a ser levada em conta na seleção dos ingredient­es que serão utilizados no preparo do risoto. Duas caracterís­ticas são essenciais para um resultado satisfatór­io, o arroz deve possuir amido brando na superfície do grão e dentro ter um amido diferente, que se mantenha firme e dê uma consistênc­ia al dente ao prato após o cozimento. Dentre as variações que garantem esse efeito estão três tipos de arroz, o arborio, o valone nano e carnaroli, todos de origem italiana.

Uma dica básica na hora de preparar o arroz é nunca lavar os grãos. O ideal é refo- gá-los em azeite por alguns minutos, até que as bordas dos grãos fiquem um pouco transparen­tes. Esse cuidado garantirá a textura e a cremosidad­e que são caracterís­ticas básicas do prato. Após o refogament­o, recomenda-se despejar um líquido ácido e frio, como vinho, saquê ou bebida destilada. A acidez da bebida catalisa a gelatiniza­ção do amido, fazendo com que o creme comece a soltar-se do arroz.

Já para o cozimento, é aconselhad­o adicionar um caldo quente à panela, preparado com o ingredient­e que se harmonize com os demais itens da receita, lembrando que o arroz deve ser cozido até ficar no ponto al dente, quando os grãos ficam quase transparen­tes, mas seu núcleo ainda mantém a coloração branca opaca.

Na sequência, entram os demais ingredient­es que darão um toque marcante ao risoto e determinar­ão o sabor do prato. Entre as possibilid­ades estão peixes, frutos do mar, carnes, ervas (manjericão, hortelã, salsa, alecrim, sálvia), hortaliças e legumes (alcachofra, aspargo, pimentões, brócolis, cogumelos), especiaria­s (pimenta-da-Jamaica, noz-moscada, açafrão, trufas, castanhas e amêndoas), frutas e queijos, entre outras opções.

O risoto deve ser servido imediatame­nte após o seu preparo. A receita pode ser oferecida como entrada ou prato principal. Dentre as bebidas que mais se harmonizam com o prato estão o vinho branco ou tinto e espumantes.

Para o cozimento, é aconselhad­o adicionar um caldo quente à panela”

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Risoto de camarão: fácil de fazer, a receita ganha destaque pelo toque de sofisticaç­ão
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Fotos: Shuttersto­ck Risoto de frango: a mais popular entre as receitas cuja base é o arroz

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