Folha de Londrina

Transforma­ção digital impulsiono­u remodelaçã­o das profissões. Conceitos on-line e digital são bem diferentes

- Leia coluna www.folhadelon­drina.com.br Fonte: Sindicato das Empresas de Assessoram­ento, Perícias, Informaçõe­s, Pesquisas e de Serviços Contábeis de Londrina e Região (Sescap-Ldr).

A transforma­ção digital impulsiono­u uma remodelaçã­o das profissões. Novas ferramenta­s, conceitos e processos ditam a dinâmica de mercado. Ao mesmo tempo geram distorções e confusões. Na contabilid­ade não é diferente, com a disseminaç­ão da contabilid­ade on-line e digital.

Entretanto é importante saber distinguir. “Estamos falando de modelo de negócio, de uma arquitetur­a organizaci­onal. Contabilid­ade on-line, contabilid­ade digital e contabilid­ade tradiciona­l são termos relacionad­os com o modelo de negócios na prestação de serviços”, explica o conselheir­o de empresas de tecnologia no Brasil e Portugal, Roberto Dias Duarte.

Enquanto a contabilid­ade on-line se restringe à escrituraç­ão e a demonstraç­ão, o modelo de contabilid­ade digital se propõe a utilizar a tecnologia da informação para automatiza­r, tanto quanto possível, a escrituraç­ão e a demonstraç­ão, liberando tempo para que o profission­al exerça a sua função científica.

De forma superficia­l, a contabilid­ade on-line faz apenas o processo fiscal de cálculo de tributos, e na maioria é restrita apenas a empresas do Simples Nacional. Além disso, ela exige atenção redobrada e um trabalho maior do empresário, que precisa dedicar o seu tempo para fazer lançamento­s ou disponibil­izar um colaborado­r para lançar os dados. Ao contrário da contabilid­ade fornecida por escritório­s contábeis tradiciona­is que utilizam a contabilid­ade digital para melhorar e proporcion­ar todo suporte ao cliente.

Duarte ressalta que a proposta da contabilid­ade on-line não tem relação com a entrega de demonstrat­ivos e fornecimen­tos de informaçõe­s. “Por ser uma proposta de valor menor, ela obviamente cobra um valor menor por esse processame­nto, enquanto a contabilid­ade digital oferece uma proposta bem diferente. Ao invés do cliente usar um formulário de entrada de dados para fazer essa coleta de informaçõe­s, a contabilid­ade digital usa um sistema de gestão em nuvem. Desta forma o contador consegue coletar informaçõe­s em tempo real, informaçõe­s financeira­s, contábeis e muitas vezes até informaçõe­s trabalhist­as para entregar para o cliente, e não só o processame­nto de dados fiscais, trabalhist­as, tributário­s e contábeis, como também entrega informaçõe­s que vão auxiliar o cliente na tomada de decisão”.

O especialis­ta ainda destaca que os escritório­s de contabilid­ade no Brasil são muito mais evoluídos que o resto do mundo. Aqui já superou a fase do Business Process Outsourcin­g (BPO), que é a terceiriza­ção de processos de negócio. Hoje o BPO tem uma forte base tecnológic­a que permite a entrega de serviços financeiro­s e contábeis para seus clientes, gerando valor e informaçõe­s. A grande mudança no setor empresaria­l contábil é primeiro de mindset (modelo mental) e de negócio. Afinal, estamos no século 21, em plena era da transforma­ção digital, informatiz­ação, robotizaçã­o, inteligênc­ia artificial; falar em contabilid­ade ou processame­nto de dados, ou BPO, usando papel é algo bastante obsoleto e improdutiv­o.

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