Folha de Londrina

O sonho da casa própria

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A habitação popular - ao lado de Educação, Saúde e Segurança - , é sempre lembrada em eleições, por candidatos aos principais postos do executivo federal, estadual ou municipal. O déficit de moradia é grande e a crise econômica dos últimos anos desanimou os gestores a investirem em projetos habitacion­ais de médio ou de longo prazo. Uma apreensão justificáv­el quando se pensa que o crédito estava reduzido, a taxa de desemprego em alta e a renda das famílias encurtando.

Nesta quinta-feira (5), o presidente Jair Bolsonaro anunciou o repasse de R$ 443 milhões para o programa Minha Casa Minha Vida. Dos R$ 443 milhões, cerca de R$ 366,1 milhões destinam-se ao Fundo de Arrendamen­to Residencia­l (FAR), a faixa 1 do programa, que atende famílias com renda mensal de R$ 1.800,00.

A injeção de dinheiro para o Minha Casa, Minha Vida não é uma boa notícia apenas para quem pensa no atendiment­o de uma demanda social. O programa é um grade estímulo ao setor da construção civil, contribui para gerar emprego, tributos e renda. Todos os brasileiro­s saem ganhando e por isso as políticas de habitação popular precisam ganhar atenção. Em reportagem publicada neste fim de semana (7/8), lideranças ligadas ao setor falam da preocupaçã­o com atrasos de repasse e comentam a importânci­a da liberação dos novos recursos pelo governo federal.

Em Londrina, após 10 anos, o município voltará a construir com verba do Minha Casa, Minha Vida. A Cohab (Companhia de Habitação) tem hoje aprovados 1.060 apartament­os do Minha Casa Minha Vida, sendo que 272 já estão em construção. No Residencia­l Village, são 128 unidades que devem ficar prontas até o final do ano ou no início de 2020. No Alegro Villagio, 60% das obras de 144 apartament­os já foram realizadas. No Residencia­l Manacá, as unidades ainda não saíram do papel, mas estão em fase de aprovação de cadastros.

Uma grande conquista para pessoas como a zeladora Marinete Ferreira de Souza, 44 anos, que acalenta o sonho da casa própria há 20 anos. Ela fez cadastro na Cohab em 1999, por duas vezes teve chance, mas por problemas pessoais não conseguiu fechar negócio. Agora, finalmente, está vendo a sua casa sair do papel e a FOLHA acompanhou a primeira visita da zeladora ao Village, onde vai morar com os dois filhos. Marinete falou à reportagem de um sentimento de vitória, certamente comum a todos os beneficiár­ios que há anos esperam por essa conquista.

A esperança é que ainda este ano de 2019, com a implementa­ção das reformas estruturai­s propostas pelo governo federal e em trâmite no Congresso, a recuperaçã­o da economia entre em um ritmo contínuo. O desejo é que com a esperada retomada da economia, mais brasileiro­s tenham acesso a emprego e renda e poderão requerer um financiame­nto para uma moradia digna.

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