Ibiporã enfrenta falta de vacinas
MS enviou doses indicadas para crianças em quantidades inferiores ao necessário; postos fazem agendamento
ASecretaria Municipal de Saúde de Ibiporã (Região Metropolitana de Londrina) enfrenta desabastecimento no estoque de algumas vacinas indicadas para crianças menores de cinco anos de idade. O problema, segundo a prefeitura, ocorre porque o Ministério da Saúde, responsável pela compra e envio das vacinas, tem encaminhado doses em quantidades inferiores ao necessário para atender a demanda.A falta não afeta apenas Ibiporã e atinge também outros municípios do Estado, segundo a Sesa (Secretaria de Saúde do Estado do Paraná), que recebe os lotes do governo federal e distribui às regionais de saúde.
A Vigilância Epidemiológica de Ibiporã informou que recebeu quantitativo reduzido das vacinas tetra viral, que previ
ne o sarampo, rubéola, caxumba e catapora; pentavalente, contra difteria, tétano, coqueluche, hepatite B e influenza B; BCG, contra tuberculose; e da vacina oral contra poliomielite.
Segundo a coordenadora de Vigilância Epidemiológica do município, Vanessa Luquini, a vacina oral contra a paralisia infantil está com o estoque reduzido há mais de um ano. “Não podemos mais abrir a vacinação todas as semanas, como fazíamos. Trabalhamos com agendamento.”
OTIMIZAR O ESTOQUE
O agendamento também está sendo feito para a vacina BCG. As mães que procuram as unidades básicas de saúde para imunizar seus filhos são orientadas a deixar o nome da criança em uma lista de espera e retornar no dia marcado. A vacinação será realizada nesta quarta-feira (11) e no próximo dia 25. O agendamento, segundo Luquini, é feito para otimizar o estoque e evitar perdas. A BCG é ministrada em bebês logo ao nascer e a necessidade do município é de cerca de 60 doses por mês. “Cada frasco vale por seis horas depois de aberto e a gente recebe frascos de dez ou 20 doses. Então, precisaríamos de um quantitativo de doses maior para conseguir abrir a vacinação semanalmente. O ideal seria toda semana ter um estoque para fazermos como fazíamos anteriormente”, disse Luquini.
‘PREOCUPANTE’
Para suprir a falta da tetra viral, as equipes de saúde têm feito a substituição pela tríplice viral associada à vacina contra varicela, sem nenhum prejuízo às crianças.
A situação mais preocupante é em relação à pentavalente, cujo estoque está esgotado com previsão de chegada de um novo lote somente para outubro, segundo Luquini. “Para essa vacina não conseguimos nem fazer agendamento. Normalmente temos uma vacinação de 200 doses por mês. As doses são ministradas aos dois, quatro e seis meses de vida. Estamos atrasando o esquema das crianças. É preocupante”, afirma.