Folha de Londrina

Ibiporã enfrenta falta de vacinas

MS enviou doses indicadas para crianças em quantidade­s inferiores ao necessário; postos fazem agendament­o

- Simoni Saris

ASecretari­a Municipal de Saúde de Ibiporã (Região Metropolit­ana de Londrina) enfrenta desabastec­imento no estoque de algumas vacinas indicadas para crianças menores de cinco anos de idade. O problema, segundo a prefeitura, ocorre porque o Ministério da Saúde, responsáve­l pela compra e envio das vacinas, tem encaminhad­o doses em quantidade­s inferiores ao necessário para atender a demanda.A falta não afeta apenas Ibiporã e atinge também outros municípios do Estado, segundo a Sesa (Secretaria de Saúde do Estado do Paraná), que recebe os lotes do governo federal e distribui às regionais de saúde.

A Vigilância Epidemioló­gica de Ibiporã informou que recebeu quantitati­vo reduzido das vacinas tetra viral, que previ

ne o sarampo, rubéola, caxumba e catapora; pentavalen­te, contra difteria, tétano, coqueluche, hepatite B e influenza B; BCG, contra tuberculos­e; e da vacina oral contra poliomieli­te.

Segundo a coordenado­ra de Vigilância Epidemioló­gica do município, Vanessa Luquini, a vacina oral contra a paralisia infantil está com o estoque reduzido há mais de um ano. “Não podemos mais abrir a vacinação todas as semanas, como fazíamos. Trabalhamo­s com agendament­o.”

OTIMIZAR O ESTOQUE

O agendament­o também está sendo feito para a vacina BCG. As mães que procuram as unidades básicas de saúde para imunizar seus filhos são orientadas a deixar o nome da criança em uma lista de espera e retornar no dia marcado. A vacinação será realizada nesta quarta-feira (11) e no próximo dia 25. O agendament­o, segundo Luquini, é feito para otimizar o estoque e evitar perdas. A BCG é ministrada em bebês logo ao nascer e a necessidad­e do município é de cerca de 60 doses por mês. “Cada frasco vale por seis horas depois de aberto e a gente recebe frascos de dez ou 20 doses. Então, precisaría­mos de um quantitati­vo de doses maior para conseguir abrir a vacinação semanalmen­te. O ideal seria toda semana ter um estoque para fazermos como fazíamos anteriorme­nte”, disse Luquini.

‘PREOCUPANT­E’

Para suprir a falta da tetra viral, as equipes de saúde têm feito a substituiç­ão pela tríplice viral associada à vacina contra varicela, sem nenhum prejuízo às crianças.

A situação mais preocupant­e é em relação à pentavalen­te, cujo estoque está esgotado com previsão de chegada de um novo lote somente para outubro, segundo Luquini. “Para essa vacina não conseguimo­s nem fazer agendament­o. Normalment­e temos uma vacinação de 200 doses por mês. As doses são ministrada­s aos dois, quatro e seis meses de vida. Estamos atrasando o esquema das crianças. É preocupant­e”, afirma.

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Marcelo Camargo/Agência Brasil A Vigilância Epidemioló­gica de Ibiporã informou que recebeu quantitati­vo reduzido das vacinas tetra viral, pentavalen­te, BCG e da vacina oral contra poliomieli­te

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