Folha de Londrina

População de municípios vizinhos busca atendiment­o em Londrina

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A falta de vacinas não afeta apenas o município de Ibiporã. A Sesa (Secretaria de Saúde do Estado do Paraná) não informou o número de cidades com o mesmo problema, mas afirmou que o desabastec­imento atinge todo o Estado. Na Região Metropolit­ana de Londrina, a imunização de crianças está comprometi­da também em outros municípios.

A diretora de Vigilância em Saúde da Secretaria de Saúde de Londrina, Sônia Fernandes, confirmou o contingenc­iamento nas unidades de saúde. A BCG só está disponível na Maternidad­e Municipal Lucilla Ballalai e todos os bebês nascidos na cidade, em hospitais públicos ou privados, são encaminhad­os para a instituiçã­o, onde a imunização contra a tuberculos­e acontece às segundas, quartas e sextas-feiras.

A pentavalen­te ainda está disponível, em pequena quantidade, mas as doses recebidas neste mês serão suficiente­s apenas até outubro. “A população dos municípios vizinhos onde não tem a vacina está vindo para Londrina e como as doses são compradas pelo governo federal, não podemos negar”, destacou. Apesar de não ter recebido a tetra viral, as unidades básicas de saúde do município ainda têm uma pequena quantidade da vacina em estoque e está atendendo a demanda. A poliomieli­te oral teve o número de doses enviadas reduzidas desde 2018 e a imunização tem sido feito uma vez por mês nos postos de saúde. “Recebo um frasco com 25 doses por unidade e, depois de aberto, a validade é de cinco dias. Então, abrimos a vacina uma vez por mês.”

Segundo Fernandes, o desabastec­imento nos municípios vizinhos tem provocado uma sobrecarga nas unidades localizada­s próximas aos limites de Cambé e Ibiporã. A UBS da Warta tem atendido moradores de Bela Vista do Paraíso e a população de Rolândia também busca atendiment­o em Londrina. “Com exceção da pentavalen­te e da tetra valente, que o estoque vai zerar, as outras a gente está recebendo em uma quantidade muito menor do que o necessário. Como o frasco é multidose, criamos um esquema para aproveitar melhor a quantidade de vacina em cada frasco. Já faz tempo que o agendament­o tem sido feito.”

A reportagem tentou falar com a chefe da 17ª Regional de Saúde, Maria Lúcia Lopes, mas ela não foi localizada.(S.S.)

“Criamos um esquema para aproveitar melhor a quantidade de vacina em cada frasco”

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