Folha de Londrina

DESASTRE AÉREO

- Fernanda Canofre e Katna Baran

A queda de um avião de pequeno porte matou três pessoas e deixou outras três feridas na manhã desta segunda-feira, em Belo Horizonte. O monomotor atingiu quatro carros. Em abril, outra aeronave caiu na mesma rua

Belo Horizonte e Curitiba Um avião de pequeno porte caiu sobre carros em uma rua do bairro Caiçara, em Belo Horizonte, na manhã desta segunda-feira (21). O local da queda fica nas proximidad­es do aeroporto Carlos Prates. O Corpo de Bombeiros de Minas Gerais confirmou três mortos e três feridos no acidente aéreo.

Segundo o coronel Erlon Dias do Nascimento Botelho, subcomanda­nte do Corpo de Bombeiros de Minas Gerais, o avião tinha quatro ocupantes. Entre os três mortos, um deles seria ocupante do avião, outro estava em um veículo atingido e outro era, provavelme­nte, um pedestre.

Já os três sobreviven­tes, segundo Botelho, estavam dentro da aeronave. Todos são homens e sofreram queimadura­s de 2º e 3º graus em várias partes do corpo. O quadro de saúde deles era considerad­o grave.

A aeronave era um Cirrus SR 20, prefixo PR-ETJ, e estava apta a voar, de acordo com a Anac (Agência Nacional de Aviação Civil). A empresa paranaense Helicon Taxi Aéreo confirmou que era a proprietár­ia da aeronave, mas que a vendeu, em julho deste ano, para Srrael Campras dos Santos.

O monomotor decolou do aeroporto Carlos Prates, por volta das 8h15, e tinha com destino final a cidade de Ilhéus (BA), a 1.135 km de Belo Horizonte, segundo plano de voo repassado pela Infraero (estatal que controla os aeroportos brasileiro­s).

O aeroporto, que fica a 7 km do centro da capital mineira, é usado especialme­nte por escolas de aviação e para aviação desportiva.

Por meio de nota, a Infraero disse que mobilizou toda a sua estrutura de emergência para atender o acidente e destacou que o aeroporto Carlos Prates “opera dentro de requisitos de segurança estabeleci­dos nas normas da aviação civil brasileira.”

Em abril deste ano, outro avião de pequeno porte caiu na mesma rua. A aeronave ficou destruída pelo fogo e, segundo os bombeiros, foi encontrado um corpo, carbonizad­o.

Nesta segunda, a advogada Zélia Paiva, 68, estava na cozinha de casa, preparando o café da manhã quando ouviu um estrondo. Ela começou a procurar a chave para sair de casa, onde estavam ainda o marido e a empregada. “Sensação é de gratidão a Deus por estar viva, e triste pelas pessoas que perderam a vida. Tem que ser feito um estudo amplo sobre [essa situação], porque o aeroporto é no meio das casas”, disse.

O Cenipa (Centro de Investigaç­ão e Prevenção de Acidentes Aeronáutic­os, do governo federal) informou que não há previsão para o fim da investigaç­ão.

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Alex de Jesus/O Tempo/Estadão Conteúdo
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Alex de Jesus/O Tempo/Estadão Conteúdo Local da queda fica nas proximidad­es de aeroporto; aeronave, segundo a Anac, estava apta a voar

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