Folha de Londrina

Governador critica ‘improviso’ para conter óleo

- João Valadares

Paulista, PE - O governador de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB), afirmou na manhã desta segunda-feira (21) que o governo federal trata no improviso o vazamento de óleo que já atingiu 201 localidade­s nos nove Estados do litoral nordestino. “É o maior acidente ambiental da história do Brasil e não pode ser tratado, depois de 50 dias, da forma improvisad­a como a gente está vendo nos dias de hoje”, declarou.

Paulo Câmara disse esperar que, após determinaç­ão da Justiça Federal em Pernambuco, o governo Jair Bolsonaro ponha em funcioname­nto o

Plano Nacional de Contingenc­iamento para Incidentes de Poluição por Óleo.

“O plano de contingênc­ia não foi colocado em funcioname­nto. A gente, diante da decisão da Justiça, espera que isso ocorra. É fundamenta­l que o plano funcione”, destacou o governador.

Câmara fez ainda um clamor para que o governo federal tenha um trabalho mais focado com o objetivo de que as manchas sejam contidas ainda na água. “É fundamenta­l que tenha uma força-tarefa para que todos os equipament­os disponívei­s do Exército, Marinha e Aeronáutic­a sejam colocados à disposição para tratar desta questão.”

A cobrança do governador foi feita logo após participaç­ão em um evento, no município de Paulista, no Grande Recife, ao lado do ministro da Justiça, Sergio Moro, para detalhamen­to do programa Em Frente Brasil.

Durante coletiva, ao ser questionad­o pela imprensa sobre a ausência de ações do governo federal, Moro, inicialmen­te, se negou a responder. “A coletiva aqui é para tratar sobre o Em Frente Brasil”, disse. Momentos depois, declarou que o governo federal tem trabalhado e feito a sua parte. Comunicou também que a investigaç­ão estava em curso e que, assim que houver um diagnóstic­o, será divulgado. As manchas de óleo que atingem o litoral nordestino desde o dia 30 de agosto voltaram com força a Pernambuco e Alagoas desde a quarta-feira (16). Na quinta-feira (17), o governo de Pernambuco conseguiu capturar uma tonelada de óleo, em São José da Coroa Grande, litoral sul do estado, antes de chegar à areia da praia.

No fim de semana, a mancha avançou ainda mais e as praias de Serrambi, Toquinho, Cupe, Muro Alto, em Ipojuca, e Itapuama e Suape, no Cabo de Santo Agostinho, acabaram afetadas pelo petróleo. Nesta segunda-feira (21), a mancha chegou até a praia do Paiva, também no Cabo de Santo Agostinho.

“O plano de contingênc­ia não foi colocado em funcioname­nto”

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