Folha de Londrina

Parlamento se recusa mais uma vez a votar acordo do brexit

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São Paulo - O Parlamento britânico se recusou novamente nesta segunda (21) a votar o acordo de saída do Reino Unido da União Europeia, acertado pelo premiê Boris Johnson com a UE na semana passada.

Havia a expectativ­a de que o pacto fosse votado esta semana, depois de os deputados terem se abstido do “sim ou não” no sábado (19) e aprovado uma emenda que adiava a votação.

O presidente da Câmara dos Comuns, John Bercow, argumentou que votar nesta segunda seria colocar a mesma questão duas vezes para o Parlamento em um prazo de 48 horas. “Seria repetitivo e desordenad­o fazê-lo”, disse John Bercow, estabelece­ndo assim uma nova derrota para o premiê, que prometeu diversas vezes tirar o Reino Unido do bloco em 31 de outubro.

O porta-voz de Boris afirmou que o premiê está desapontad­o com a decisão do Parlamento. Ele descreveu a decisão de Bercow como uma negação da chance de o governo entregar o brexit aos britânicos e acrescento­u que o Executivo implantará a legislação já estabeleci­da para o desligamen­to.

Na prática, a decisão dos parlamenta­res tomada no sábado (19) e ratificada nesta segunda obrigou Boris a pedir um novo adiamento do prazo para deixar o bloco. A nova data-limite, de acordo com uma legislação aprovada pelo Parlamento para evitar uma saída sem acordo, é 31 de janeiro de 2020.

Após a sessão parlamenta­r do sábado, a UE recebeu três cartas de Boris: a primeira, sem assinatura, pede uma prorrogaçã­o de três meses. A segunda, assinada, afirma que não deseja o adiamento. E a terceira, do embaixador britânico na UE, Tim Barrow, explica que a extensão foi solicitada apenas para cumprir a lei.

Sem um acordo, o Reino Unido enfrentari­a uma saída “dura”, o que faz com que o setor econômico tema o caos nas fronteiras, a escassez de alimentos e medicament­os, o aumento dos preços e até mesmo uma recessão.

Porta-voz afirmou que o premiê está desapontad­o com a decisão

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Tolga Akmen/AFP Nova data-limite, segundo legislação aprovada pelo Parlamento, é 31 de janeiro de 2020

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