Folha de Londrina

Auxílio-doença para empregado poderá ser pago por empresas

- Paula Sperb

Porto Alegre - O auxíliodoe­nça devido a trabalhado­res afastados do trabalho por motivos de saúde poderá ser pago pelas empresas, em vez ser pago pelo INSS (Instituto Nacional do Seguro Social). A mudança está sendo estudada pelo governo federal, segundo o secretário especial da Previdênci­a e Trabalho, Rogério Marinho.

A medida seria uma forma de acelerar o pagamento do benefício, que pode atrasar por causa do tempo de espera até a análise do médico perito da Previdênci­a Social. O reembolso para a empresa, segundo Marinho, seria por abatimento em imposto federal devido ao governo.

“A empresa pode fazer a compensaçã­o no mesmo mês, com outro imposto. É um processo meramente contábil. Não significa nenhum aumento de carga tributária”, disse Marinho.

Os primeiros quinze dias de afastament­o do empregado já são custeados pelas empresas. O auxílio-doença passa a ser pago pelo INSS somente após a perícia médica.

Porém, há perícias que levam mais de um mês para serem realizadas, período em que o funcionári­o fica sem pagamento - não recebe da empresa, porque está afastado, nem do INSS porque o benefício ainda não foi liberado. A ideia é que a empresa assuma o pagamento, benefician­do o trabalhado­r.

A mudança, segundo disse o secretário, será apresentad­a com o relatório da Medida Provisória 891/2019, que trata do 13º benefício dos segurados. A relatoria é do deputado federal Fernando Rodolfo (PL-PE).

A MP assinada pelo presidente Jair Bolsonaro (PSL) determina que os segurados do INSS recebam o 13º salário neste ano. O pagamento, conforme o texto, deve ser pago em duas vezes - a primeira em agosto e a segunda em novembro -, a exemplo do que ocorreu nos outros anos.

“É importante garantirmo­s que trabalhado­res da iniciativa privada em situação de enfermidad­e recebam seus salários sem interrupçã­o. Para isso é necessário quebrar a burocracia do INSS facilitand­o assim a vida do trabalhado­r. Se o pagamento do auxílio-doença for feito pela própria empresa contratant­e, e não pelo INSS, como ocorre atualmente, fica melhor para o funcionári­o e para o empresário, que terá dedução em impostos”, escreveu o relator em sua página no Facebook.

Rogério Marinho esteve na capital gaúcha na última segunda-feira (21) para encontrar com lideranças empresaria­is de diversas entidades como Fiergs (Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul) e Farsul (Federação da Agricultur­a do Estado do Rio Grande do Sul). Marinho também palestrou sobre o tema “As Reformas e a Sustentabi­lidade na Saúde”, no hotel São Plaza Rafael.

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