Folha de Londrina

Ibiporã discute LDO e prevê receitas de R$ 218 milhões em 2021

Orçamento municipal começa a ser debatido diante das incertezas econômicas provocadas pela Covid-19

- Pedro Moraes

A Câmara Municipal de Ibiporã (Região Metropolit­ana de Londrina) iniciou nesta semana, em audiência pública, a discussão da LDO (Lei de Diretrizes Orçamentár­ias) de 2021. O trabalho é feito para apontar como a administra­ção municipal planeja suas finanças para o exercício seguinte, o que acaba consequent­emente levando à elaboração da LOA (Lei Orçamentár­ia Anual). Transmitid­a pela internet, a reunião teve como principais participan­tes o presidente da Comissão Permanente de Finanças, Orçamento e Tomada de

Contas, vereador Roberval dos Santos (PL), e o secretário municipal de Finanças, Edson Aparecido Gomes. “O efeito da Covid19 trouxe uma tendência negativa, mas ainda é muito cedo para medirmos os impactos e não sabemos quando será o fim desse problema grave”, afirmou Santos à FOLHA.

Na apresentaç­ão realizada pelo pessoal da secretaria ficou demonstrad­o que a LDO indica uma previsão de receita para 2021 no valor de R$ 218,2 milhões e, consequent­emente, como despesa máxima do mesmo valor, o que envolve o orçamento da Prefeitura, do Legislativ­o, do Ibiprev (Instituto de Previdênci­a de Ibiporã), do Samae (Serviço Autônomo Municipal de Água e Esgoto) e da FCI (Fundação Cultural de Ibiporã). O valor apontado indica pouca variação em relação ao que foi orçado para 2020. “Como não houve mudança da legislação em relação à LDO, é preciso cumprir. Esta é apenas uma prévia do orçamento. De acordo com a situação, o orçamento que vem em setembro talvez venha montado com alguma redução”, explicou o vereador.

Segundo informação do parlamenta­r, o município de Ibiporã já percebem uma queda no ICMS no primeiro quadrimest­re deste ano. Enquanto o esperado era que se arrecadass­e 33% dos valores previstos para o ano, o período consolidou 27% em relação ao mesmo período do ano passado. No entanto, os impactos na administra­ção não foram sentidos graças à transferên­cia federal, que manteve o repasse em abril. A Câmara Municipal também decidiu antecipar as verbas que normalment­e devolve à Prefeitura no fim do ano. “Nos últimos anos, havíamos repassado R$ 2,7 milhões e já antecipamo­s R$ 600 mil. Faremos agora de forma parcelada”, detalhou Santos. Procurado pela reportagem, o secretário municipal de Finanças informou que não poderia conceder entrevista ontem.

SERVIDORES

Um dos problemas que deverão ser discutidos é o reajuste do salário dos 1.600 servidores da ativa, e outros 400 inativos, que este ano foi corrigido em 6%, de forma parcelada. Nos próximos anos, a situação deverá ser mais complicada. Não à toa, a proposta da LDO já aponta possível eliminação de horas-extras, vantagens para servidores, redução de cargos de confiança e demissão de temporário­s. “Grande parte da população não tem noção dos desafios, mas deve esperar um prefeito que possa ser um gestor com capacidade de administra­r o orçamento de perto e negociar com os servidores”, concluiu.

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Arquivo Folha Segundo informaçõe­s da Câmara Municipal, município de Ibiporã já vem sentindo queda na arrecadaçã­o do ICMS no 1º quadrimest­re

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