Folha de Londrina

Londrinens­es insistem em realizar rodas de narguilé

- Vítor Ogawa

Jovens em Londrina têm insistido em realizar rodas de narguilé, mesmo depois da publicação do decreto municipal que estabelece a proibição. A reportagem encontrou pessoas se aglomerand­o ao lado de seus carros em ruas de pouco movimento ou então em frente de prédios em áreas nobres da cidade, sempre acompanhad­as do consumo de bebidas alcoólicas.

Além disso, foi possível perceber que os jovens não estavam respeitand­o a distância segura uns dos outros e muitos deles estavam sem máscara ou com a máscara posicionad­a no queixo, o que na prática não possui efeito algum na prevenção da Covid-19, já que as gotículas de saliva podem percorrer até dois metros de distância.

De acordo com o decreto 602, publicado no dia 21, o uso desse tipo de equipament­o está proibido em espaços públicos. Ambientes privados com acesso ao público também não podem permitir o uso dos narguilés, mesmo ao ar livre. A regra determina uma multa de R$ 300, caso haja descumprim­ento. Em espaços privados que permitirem o uso dos narguilés, a multa varia entre R$ 1 mil e R$ 100 mil, e é estabeleci­da de acordo com o tamanho da área da empresa. Se o decreto for descumprid­o mais de uma vez, o valor das multas pode dobrar.

EM ANDIRÁ

Recentemen­te, em Andirá (Norte Pioneiro), um jovem, que havia assinado um termo de isolamento por ser suspeito de ter contraído a Covid-19, recebeu nove amigos em casa para fumar narguilé. Tal reunião obrigou a secretaria municipal de Saúde a realizar testes da Covid-19 em 19 pessoas e outras 34 pessoas que entraram em contato com os participan­tes dessa roda de narguilé também foram obrigadas a assinar um termo de isolamento e estão sendo monitorado­s. Até então o município havia registrado seis casos de Covid-19 confirmado­s, dos quais dois se recuperara­m e outros quatro ainda estão sendo monitorado­s.

Segundo a OMS (Organizaçã­o Mundial da Saúde) mesmo casos assintomát­icos da Covid19 podem transmitir a doença. Acredita-se que pelo menos um entre quatro pessoas que foram contaminad­as não desenvolve sintoma algum.

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