Folha de Londrina

CRUZADAS

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São Paulo - Em casa por causa da pandemia do coronavíru­s, Dira Paes, 50, tem passado mais tempo com os filhos Inácio, 12, e Martim, 4. Com a tecnologia tão necessária em tempos de quarentena, a atriz procura se reinventar como mãe.

No ar em “Fina Estampa” (Globo), reprisada por causa das paralisaçõ­es, Dira Paes diz estar feliz com o retorno da novela e afirma que não é por acaso. “A presença de ‘Fina Estampa’ nesse momento ressuscito­u muitos temas que ainda são atuais”, explica a atriz, que diz ter sido marcada pela sua personagem na trama, a Celeste.

Na trama escrita por Aguinaldo Silva, Celeste vive uma situação de violência doméstica com o marido Baltazar (Alexandre Nero), com quem divide a criação da filha adolescent­e apaixonada por funk, a Solange (Carol Macedo).

“Ela [Celeste] veio em um momento muito importante para mim, eu já era mãe. Não foi fácil porque a gente sabia que era um assunto delicado e profundo. Mas atrás da violência existia essa filha [Sol] que a amparava, que eu acho que deu a força pra Celeste superar”, diz a atriz.

Apesar das milhares de dificuldad­es encontrada­s em viver Celeste, Paes não esconde as marcas deixadas pela personagem, e o que a mais impression­ou ao adentar no mundo da violência doméstica. “O que foi mais desafiador pra mim, foi como fazer uma mulher passiva. Mulheres vivem nesse ciclo por 20, 30 anos de histórico de violência.”

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