Folha de Londrina

Setor de eventos sofre com a pandemia e aguarda o retorno

Extensa cadeia de profission­ais é atingida pelo isolamento social mas cumpre as normas para evitar riscos

- Walkiria Vieira

Desde meados de março, as regras de isolamento e a proibição de aglomeraçõ­es atingiram em cheio quem trabalha no mercado de eventos, sejam bares, restaurant­es, lanchonete­s e buffets. A assessora de eventos corporativ­os Adriana Pontin também está na lista dos que suspendera­m a agenda e teve o seu trabalho diretament­e afetado pela pandemia e os cuidados para evitar a proliferaç­ão do vírus. “No dia 18 de março, desmarquei o meu primeiro evento”, relata. Adriana tinha uma agenda com 26 eventos corporativ­os já programado­s até o final de 2020 , fora os que surgem por conta das confratern­izações empresaria­is de fim de ano. “Desses 26, 10 estou conseguind­o fazer online, um deles é o Mulheraço, um programa de desenvolvi­mento de network onde compartilh­amos nossos negócios”, explica.

Tratam-se de advogadas, lojistas da área feminina e masculina, joalheiras, donas de óticas, de salão de beleza, assim como mulheres que trabalham com agronegóci­o, confeitari­a e coaching. “Uma ajudando a outra para compartilh­armos experiênci­as positivas como cupons de desconto, voucher de venda antecipada”, cita.

Um dos eventos cancelados e que causa tristeza na especialis­ta é o 2º Fórum Estadual de Meio Ambiente e que seria realizado em outubro”. Em 2019, foram 27 cidades participan­tes com mais de 300 pessoas movimentan­do toda a economia da cidade: restaurant­es, lazer, hotéis e transporte­s. Do ponto de vista do Presidente do Consemma, Conselho Municipal do Meio Ambiente de Londrina, Charles dos Santos, é uma grande perda uma vez que os eventos presenciai­s proporcion­am trocas de experiênci­as. “Conhecemos a realidade de cada cidade, as ações assertivas e verdadeiro­s cases de sucesso que se transforma­m em referência”, lamenta.

Mesmo com segurança e cuidados, movimento é fraco

Com nove anos de funcioname­nto, o restaurant­e Jardim Gastronômi­co fechou suas portas no dia 20 de março, em plena sexta-feira - dia de muito movimento, com música ao vivo e espaço destinado às crianças e que chega a ter espera por mesa, como conta a administra­dora do espaço Mônica de Miranda Rassi. “Pensamos nos nossos funcionári­os, nos riscos para as crianças e ficamos 25 dias totalmente parados. Pensávamos que seria mais passageiro, mas tivemos que tomar decisões devido a extensão da pandemia. O contrato dos 16 colaborado­res foi suspenso, decidimos tentar nos reestrutur­ar com dellivery e contratamo­s seis pessoas extras.”

O contrato dos colaborado­res foi suspenso, decidimos nos reestrutur­ar com dellivery”

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