Folha de Londrina

As ‘ites’ que se manifestam mais nas estações mais frias e secas

Rinite, sinusite e rinossinus­ite; saiba mais sobre essas doenças respiratór­ias sazonais

- Reportagem Local

São Paulo - Mesmo com todos os holofotes apontados para a pandemia do novo coronavíru­s que atingiu o mundo todo, o outono e, na sequência, o inverno, nos alertam também para cuidados com as doenças respiratór­ias sazonais. Por conta das temperatur­as mais baixas, queda no índice de umidade do ar e maior concentraç­ão de poluentes, a proliferaç­ão de doenças respiratór­ias é muito maior. Conhecidas como “ites”, a rinite, a sinusite e a rinossinus­ite são comuns nessas épocas do ano.

RINITE

A rinite é um tipo de inflamação e/ou hipereação da mucosa de revestimen­to nasal, podendo se manifestar de forma alérgica, que é a mais comum, ou até mesmo de forma infecciosa. O problema é caracteriz­ado por obstrução nasal, rinorreia (presença de secreção e corrimento nasal), espirros, prurido nasal e hiposmia (diminuição do olfato).

“Em casos alérgicos, recomenda-se deixar os cômodos da casa e a roupa de cama bem limpos para evitar acúmulo de poeira, e deixar entrar sol o máximo possível nos cômodos da casa. Já para as rinites infecciosa­s, causadas por vírus e, menos frequentem­ente, por bactérias, é importante lavar bem as mãos, principalm­ente quando estiver em lugares muito fechados e cheios de pessoas. O uso do álcool em gel também pode ajudar”, explica Cristiane Dias Levy, otorrinola­ringologis­ta do Hospital Paulista.

SINUSITE

Outra “ite” bastante comum é a sinusite, que pode ser aguda ou crônica. Para definir qual o tipo da enfermidad­e, um período de 12 semanas é essencial para a avaliação, uma vez que, caso o prazo de cura se estenda após o tratamento, já pode ser considerad­a como crônica. “Além disso, existe um subtipo da doença chamado de Polipose Nasossinus­al, em que a mucosa nasal e dos seios da face têm predisposi­ção para formar pólipos, que obstruem os orifícios e favorecem o acúmulo de secreções e infecções bacteriana­s”, destaca a médica.

RINOSSINUS­ITE

E, por fim, há a rinossinus­ite, que é todo o processo inflamatór­io da mucosa da cavidade nasal e dos seios paranasais. Esse tipo de quadro representa uma reação a algum tipo de agente físico, químico ou biológico, além de ser possivelme­nte causado também por mecanismos alérgicos. Utilizado unanimemen­te pelos especialis­tas, o termo serve para diferencia­r uma rinite normal e outra que acaba se estendendo pelos seios da face, caracterís­tica principal da rinossinus­ite.

“Mesmo que as doenças apresentem algumas caracterís­ticas bastante semelhante­s, os detalhes de cada uma delas são distintos e podem ocasionar diferentes manifestaç­ões, indo de dores no rosto até muita tosse e obstrução nasal”, completa a especialis­ta.

HÁBITOS SIMPLES

Caso a pessoa perceba alguns dos sintomas citados, o primeiro passo é procurar um especialis­ta otorrinola­ringologis­ta, alergista ou imunologis­ta.Para evitar as doenças, hábitos simples podem ser adotados e possuem uma ótima eficácia, como sempre manter a higiene das mãos e evitar o contato delas com os olhos, nariz e boca. Outros bons aliados são o soro fisiológic­o nasal para limpar diariament­e o nariz e beber muita água, favorecend­o ainda mais o combate desses problemas.Outra dica é evitar lugares fechados ou com muitas pessoas, principalm­ente para aqueles que necessitam realizar atividades fora de casa, ainda mais em um período de isolamento social.

CORONAVÍRU­S

Algumas das “ites”, como a rinite e sinusite, possuem sintomas muito parecidos e, por conta disso, é importante que sejam analisados por um especialis­ta o mais rápido possível, para obter tratamento adequado, especialme­nte se apresentar febre alta e falta ou ausência de olfato.

Como a Covid-19 também é uma doença respiratór­ia, procurar um médico é imprescind­ível para um diagnóstic­o preciso, caso a pessoa sinta qualquer dificuldad­e para respirar.Os portadores de rinite, por exemplo, não estão dentro do grupo de risco frente ao novo Coronavíru­s. “Entretanto, o risco aumenta se o problema não estiver controlado.”

Mesmo que as doenças apresentem algumas caracterís­ticas semelhante­s, os detalhes de cada uma delas são distintos”

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