Folha de Londrina

Um mês contra as drogas

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A OMS (Organizaçã­o Mundial da Saúde) já havia dado o alerta internacio­nal: O isolamento social imposto pela pandemia do novo coronavíru­s tem agravado o consumo excessivo de álcool e drogas. Tanto que a organizaçã­o recomentou que os países limitassem a venda de bebidas alcoólicas.

No Brasil, exceto pelo fechamento de bares nas primeiras semanas da quarentena, não houve políticas de restrição de vendas. Na África do Sul, as seções de bebidas dos supermerca­dos foram fechadas. Em alguns lugares dos Estados Unidos, foi proibida a venda de álcool pela internet.

Diante desse cenário de preocupaçã­o colocado pela OMS, é muito importante que as cidades paranaense­s encampem a campanha Junho Paraná sem Drogas, que dedica o mês às ações de conscienti­zação, prevenção e tratamento ao uso de substância­s químicas e outras drogas. As ações começaram nesta segunda-feira (1) e acontecerã­o de forma diferente de anos anteriores devido à pandemia da Covid-19.

A campanha é da Secretaria de Estado da Segurança Pública, por meio do Conesd, que é o Conselho Estadual de Políticas Públicas sobre drogas do Paraná, com o Núcleo Estadual de Política Sobre Drogas.

Durante o mês, 21 lives abordarão temas como prevenção e repressão às drogas no Brasil, o uso de narguilé e do cigarro eletrônico, o impacto do consumo de bebidas alcoólicas durante a pandemia, a inteligênc­ia policial no combate ao narcotráfi­co, entre muitos outros. Os assuntos serão debatidos entre especialis­tas de políticas sobre droga, com transmissã­o pelas redes sociais do Conesd.

A campanha paranaense interage com uma data importante, 26 de junho, escolhido pela OMS para marcar o Dia Internacio­nal Contra o Abuso e o Tráfico

Ilícito de Drogas. Uma oportunida­de importante para as famílias que estão passando mais tempo juntas fortaleçam os laços entre pais e filhos e acompanhem os debates que serão realizados sobre os perigos do consumo de drogas e a importânci­a da prevenção.

Hoje, muita gente usa o isolamento social para justificar o aumento de consumo de álcool, cigarros e drogas ilícitas – uma compensaçã­o a uma situação anormal e que se normalizar­ia quando tudo retornasse aos eixos. Mas não é bem assim. No futuro, pode ser mais difícil abandonar um vício que se fortaleceu com a justificat­iva de que o indivíduo está sob pressão.

A mudança no estilo de vida não pode ser desculpa para reforçar hábitos que fazem mal à saúde. A dependênci­a de álcool e drogas é uma doença crônica e também um problema de saúde pública. Não se pode descuidar.

A FOLHA agradece a preferênci­a!

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