Tempos de Covid
Polêmica entre leigos, médicos e sociedades de especialidades médicas, ora defendendo tratamento com medicamentos sem comprovação de eficácia, ora defendendo medidas restritivas baseadas em testagem, identificação, isolamento e monitoramento dos infectados. Questionamentos são publicados e compartilhados em todas as mídias sociais. A pergunta que paira na mente dos médicos adeptos ao tratamento com cloroquina/hidroxicloroquina, azitromicina, ivermectina, zinco e vitaminas C e D: se não há um tratamento comprovadamente eficaz em testes randomizados e duplo cego disponível, porque não usar um conjunto de drogas há tempos no mercado e sabidamente sem grandes efeitos colaterais, exceto para cardiopatas, com estudos observacionais positivos para o tratamento do vírus? Outro questionamento dos incrédulos: se 80% dos infectados com o vírus terão apenas sintomas leves ou serão assintomáticos, por que então tomar medicações sem evidências científicas robustas? Próxima questão: se não tomar as drogas disponíveis e contestadas seria eu aquele sujeito às complicações graves com risco de morte? A incerteza do médico: não fazer nada é proteger o paciente? O relacionamento confiável médico-paciente, a responsabilidade e experiência profissional somado com a anuência do paciente ao tratamento constitui a fórmula do sucesso terapêutico em qualquer situação.