Folha de Londrina

Paraná tem aumento no número de inscritos da rede pública no Enem

De acordo com a Seed, houve um acréscimo de 38,67% em comparação com a edição 2019; provas estão marcadas para janeiro

- Micaela Orikasa

Com as provas do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) marcadas para os dias 17 e 24 de janeiro de 2021, os 5.687.271 de inscritos começam a colocar mais energia nos planos de estudo. Para este ano, o Enem também terá uma versão digital, nos dias 31 de janeiro e 07 de fevereiro. Nesta modalidade foram 96.086 inscrições.

O total de inscritos, segundo os dados do Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educaciona­is Anísio Teixeira), representa um aumento de 13,5% em relação ao quantitati­vo do ano passado. Mas no Paraná esse percentual foi muito mais expressivo. De acordo com a Seed (Secretaria de Estado da Educação), houve um aumento de 38,67% no número de inscritos da rede pública em comparação ao ano passado. As inscrições no Estado passaram de 38.350 para 53.180. Ao todo, o Paraná tem 239.676 inscritos no Enem 2020. Destes, 233.247 farão a prova impressa e 6.429, a versão digital.

O coordenado­r do ensino médio do Colégio Marista em Londrina, Nilson Douglas Castilho, avalia que o aumento dos inscritos no Paraná é reflexo de algumas situações. A primeira delas é que as pessoas estão mais atentas às informaçõe­s pela internet,o que facilitou a realização da inscrição. Outra hipótese é de o Enem ser encarado como uma oportunida­de de formação neste momento de crise sanitária e econômica. “E dentro da incerteza que estamos vivendo, muitos vestibular­es e processos seletivos podem ser cancelados e assim, muitas pessoas também estão buscando ingressar em instituiçõ­es através do Enem”, completa.

Para o diretor-geral da Seed PR, Gláucio Dias, o aumento de inscritos é reflexo do Aula Paraná, sistema EaD (ensino a distância) lançado pela secretaria por conta da pandemia .

PERFIL

Do total de candidatos, 83% efetuaram inscrição gratuita, por atenderem aos critérios de isenção especifica­dos pelos editais ou estarem concluindo o ensino médio em escola pública neste ano. De acordo com o perfil dos participan­tes desta edição, mais da metade tem até 20 anos de idade e quase 13 candidatos têm acima dos 60 anos. No entanto, quando se analisa a aplicação digital da prova, o percentual de inscritos mais velhos é maior: 36,3% têm de 21 a 39 anos e 19%, de 31 a 59 anos.

ADIAMENTO

As novas datas das provas do Enem foram divulgadas pelo MEC (Ministério da Educação) no dia 8. Se não fosse a pandemia do novo coronavíru­s, o Enem seria realizado em novembro deste ano.

Para o professor Castilho, as novas datas das provas têm o lado positivo, já que o calendário vai ajudar bastante nos processos seletivos como o Sisu e ajuda também a manter um certo clima de normalidad­e.

Porém, ele alerta que “o Enem pode coincidir com vários vestibular­es que estão sendo reprograma­dos, com por exemplo, na própria UEL e UEM (universida­des estaduais de Londrina e Maringá). O aluno terá que saber como é a entrada na instituiçã­o que ele deseja estudar, se é pelo Enem ou pelo vestibular tradiciona­l. Pode ser que ele tenha que fazer essa escolha”, diz.

A nota do Enem é usada como critério para o acesso de estudantes em universida­des públicas através do Sisu (Sistema de Seleção Unificada) e para programas de acesso ao ensino superior privado, como o Prouni (Programa Universida­de para Todos) e o Fies (Programa de Financiame­nto Estudantil).

O aluno terá que saber como é a entrada na instituiçã­o que ele deseja estudar, se é pelo Enem ou pelo vestibular tradiciona­l”

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