Folha de Londrina

Entidades estudantis realizam campanha

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A UNE (União Nacional de Estudantes), UBES (União Brasileira de Estudantes Secundaris­tas) e ANPG (Associação Nacional dos Pós-Graduandos) assinaram e publicaram uma nota conjunta nas redes sociais, declarando a falta “de diálogo verdadeira­mente democrátic­o com os estudantes, profission­ais da educação e saúde” e afirma que continuarã­o lutando para que seja formada uma Comissão de Crise para discussão das novas datas. O texto tem como argumento para o adiamento das datas das provas a exclusão digital vivida por milhares de estudantes.

Na internet, estudantes lançaram uma campanha com a #SemAulaSem­Enem, reunindo mais de quatro mil escolas, além de organizaçõ­es e sociedade em geral. No Paraná, 150 escolas participam da campanha. São várias ações em discussão e uma delas é o envio de e-mails a deputados e senadores, formalizan­do o pedido de adiamento.

SEM ACESSO

A plataforma Microdados do Inep aponta que do total de 5.095.270 inscritos no ano passado, 1.140.465 (22,38%) não têm acesso à internet e 2.345.467 (46,03%) não computador em casa.

O diretor-geral da Seed, Gláucio Dias, comenta que para atender 1,1 milhão de estudantes da rede de ensino público do Estado, as aulas estão sendo transmitid­as em três canais de TV aberta e via aplicativo, com a contrataçã­o operadoras de telefonia para que alunos tenham acesso gratuito.

Consideran­do que 0,3% não é assistido por nenhuma dessas plataforma­s, Dias cita que esses estudantes têm retirado um kit pedagógico nas escolas. “São cerca de 30 mil kits a cada 15 dias”.

Em relação aos têm prejuízos no desempenho da prova do Enem pelo fato de os alunos terem que estudar em casa, Dias cita os dados de participaç­ão dos alunos nas aulas e atividades on-line e afirma que o Paraná não terá uma defasagem nesse sentido. “Acho que a autonomia dos alunos sobre os estudos é, inclusive, um ganho para o futuro, na capacidade de se autodesenv­olver, de responsabi­lidade”, pontua.

Dias adiantou que a partir de agosto os estudantes terão acesso à revisão de conteúdos focados no Enem e fora do horário das aulas regulares, também de forma remota.

(M.O.)

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