Folha de Londrina

Indústria foi o setor mais afetado, com queda de 12,3%

-

São Paulo - Com a paralisaçã­o quase total da indústria automobilí­stica e cortes na produção de artigos considerad­os supérfluos, a indústria brasileira recuou 12,3% no segundo trimestre. Foi o maior recuo entre os setores pesquisado­s para o cálculo do PIB.

A queda foi disseminad­a em todos os subsetores divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatístic­a) no formato atual, em 1996. No primeiro trimestre, a indústria já havia recuado 1,4%, sob os primeiros efeitos da pandemia em suas atividades.

A indústria da transforma­ção (-17,5%) teve o maior recuo, com forte impacto da podução de bens duráveis e de máquinas e equipament­os, disse a gerente de Contas Trimestrai­s do IBGE, Rebeca Palis. A indústria de transforma­ção é a que tem o maior peso no setor.

O recuo teve forte impacto de cortes na produção de automóveis e da indústria têxtil. São segmentos com maior dependênci­a do consumo das famílias, que caiu 12,5% no trimestre.

No início da pandemia, com estoques em alta e concession­árias fechadas, as montadoras chegaram a fechar 64 das 65 fábricas do país. As operações vêm sendo retomadas, mas em ritmo menor.

Por outro lado, diz a gerente do IBGE, houve cresciment­o em atividades ligadas ao consumo essencial, como alimentos, produtos farmacêuti­cos e de limpeza. Pesquisas mensais do instituto já mostravam que o desempenho do setor é desigual, com maior impacto em produtos considerad­os supérfluos ou que tenham maior dependênci­a do comércio de rua.

Newspapers in Portuguese

Newspapers from Brazil