Messi diz ao Barcelona que
“Vou seguir no clube porque o presidente me disse que a única maneira de sair era pagar a cláusula de 700 milhões de euros, e isso é impossível”, anuncia o craque
São Paulo - Quando parecia que o casamento de 20 anos entre Lionel Messi e Barcelona se encerraria, o argentino, mesmo que a contragosto, declarou o seu “fico”.
Em uma entrevista exclusiva ao site Goal.com, da Espanha, o camisa 10 informou que permanecerá no clube catalão pelo menos até o fim de seu contrato, que termina em junho de 2021.
“Eu vou seguir no clube porque o presidente me disse que a única maneira de sair era pagar a cláusula de 700 milhões de euros, e isso é impossível, e que a outra forma de sair era entrar na Justiça. Eu nunca entraria na Justiça contra o Barça porque é o clube que eu amo, que me deu tudo desde que cheguei”, afirmou Messi.
“Tenho a minha vida feita aqui [em Barcelona], o Barça me deu tudo e eu dei tudo a ele, jamais passou pela minha cabeça ir à Justiça.”
Messi havia dito ao Barça na semana passada que desejava se transferir. Descontente com os rumos do Barcelona sob a administração do presidente Josep María Bartomeu, o argentino afirmou à diretoria do clube, por meio de seus advogados e de seu pai, Jorge, que sua vontade de sair estava amparada em uma cláusula no contrato que permitia a decisão unilateral de deixar o clube.
O Barcelona, porém, contestou essa cláusula e insistiu, contando com apoio institucional de Laliga, que o vínculo do jogador com a instituição estabelecia uma multa rescisória de 700 milhões de euros (cerca de R$ 4,3 bilhões).
Por mais que Manchester City e PSG quisessem contar com o atleta e estivessem se planejando para isso, esse valor não seria pago nem mesmo pelos investimentos dos Emirados Árabes e do Qatar que enchem os cofres dos dois clubes, respectivamente.
Jorge Messi, em resposta ao Barça, afirmou que a multa não teria validade a partir do final da temporada 2019/2020, quando o contrato, segundo ele, previa a cláusula de decisão unilateral do rompimento que daria ao filho a liberdade de decidir seu próprio futuro.
A possibilidade de que o caso fosse parar nos tribunais e chegasse à Fifa diminuiu o ímpeto de Jorge Messi e seu estafe na empreitada de buscar a liberação sem custos do argentino, que jogará ao menos mais uma temporada com a única camisa de clube que vestiu até aqui em sua carreira profissional.
TRAJETÓRIA
Em 731 jogos com a camisa do Barcelona, Messi marcou 634 gols e distribuiu 276 assistências. A galeria de títulos inclui dez ligas espanholas, seis Copas do Rei, quatro taças da Champions League, três Mundiais de Clubes, oito Supercopas da Espanha e três Supercopas europeias.