Governo quer estimular fontes alternativas de energia no campo
Governo vai lançar plano para incentivar fontes alternativas de energia. Uso do biogás e energia solar serão estimulados para reduzir passivo ambiental e custos dos produtores
O governo do Estado vai lançar, nos próximos dias, o programa Paraná Energia Rural Renovável, com o objetivo de incentivar a geração de energia elétrica no campo a partir de fontes alternativas, como o biogás e a energia solar.
O diretor técnico da Secretaria da Agricultura e do Abastecimento do Estado, Rubens Niederheitmann, explica que o foco do programa é reduzir o custo de produção entre os agricultores e transformar o Paraná em um produtor de energia alternativa.
A princípio, duas fontes serão estimuladas – o biogás (a produção de energia poderá ser a partir de esterco, bagaço de cana ou resíduos suínos, por exemplo) e a energia solar.
“A proposta do programa é reduzir o passivo ambiental e os custos para os produtores, que inclusive poderão colocar a energia excedente na rede da Copel”, explicou.
O diretor acrescentou que o programa dará incentivos aos produtores que adotarem as fontes alternativas de energia, mas os detalhes só serão divulgados no momento em que o programa for oficialmente lançado.
PROGRAMA
Em vigor desde 2007 no Paraná, o programa Tarifa Rural Noturna, que concede desconto de 60% sobre a tarifa e o adicional de bandeira tarifária referente ao consumo de até 6 mil kwh/mês, já tem data para terminar – dezembro de 2022. A ideia é que os 11 mil produtores rurais paranaenses beneficiados pelo Tarifa Rural Noturna hoje migrem para o programa Paraná Energia Rural Renovável, prestes a ser lançado. Neste ano, o Tarifa Rural
Noturna pretende oferecer R$ 40 milhões em subsídios – R$ 20 milhões bancados pela Assembleia Legislativa e R$ 20 milhões pelo governo do Estado. No passado, entre janeiro e novembro, os 2,7 mil produtores de Londrina e região beneficiados pelo programa receberam mais de R$ 1 milhão em subsídios.
“Um grande produtor de aves hoje recebe até R$ 10 mil por mês de subsídio pelo programa Tarifa Rural Noturna. Os grandes produtores acabam sendo mais beneficiados, já que os pequenos usam muito pouco energia elétrica”, explica o diretor técnico da secretaria.
Assim que o produtor rural aderir ao Paraná Energia Rural Renovável, ele poderá permanecer por mais seis meses no Tarifa Rural
INCENTIVO
Quando assumiu a propriedade da família em Conselheiro Mairinck (PR), em 2012, Renan Rosisca relembra que a criação de frangos já tinha o incentivo da Tarifa Rural Noturna, um desconto essencial para reduzir os custos de produção.
“Se essa tarifa cair, o gasto com energia elétrica vai ficar quase 50% maior no mês”, calcula Renan, que paga uma tarifa mensal de R$ 10 mil, em média. Esse gasto representou, no mínimo, 30% do custo total para criar os frangos em 2020.
Ele acrescenta que a avicultura é totalmente dependente da energia elétrica 24 horas. “No verão, todos os aviários têm o sistema de resfriamento. Se falhar, em até 10 minutos morre de calor grande parte da criação, já que os frangos são extremamente sensíveis. Tenho dois geradores de reserva. No inverno, são os aquecedores que ficam ligados 24 horas por dia”, explicou.
Com a ajuda da esposa na gestão da propriedade, a veterinária Nayane Perassoli Rosisca, Renan destaca que o tratamento da criação deve ter um controle térmico perfeito, já que o ciclo de vida dos frangos é muito curto – 30 dias no máximo até serem comerci
alizados. Hoje, a maior parte da criação é vendida para o mercado árabe.
À FRENTE
Antes mesmo de o programa estadual de incentivo ao uso de fontes renováveis ser lançado oficialmente, o criador Renan Rosisca já se adiantou e está prestes a instalar um sistema de energia solar na granja. Segundo ele, a expectativa é que o sistema híbrido seja implantado até o início de fevereiro. “Não é um sistema barato, mas que se paga entre 5 e 7 anos. Estamos um pouco à frente. Creio que será um diferencial de mercado produzir com energia renovável”, conclui.
BIOGÁS
A utilização de fontes alternativas de energia no meio rural já é realidade no Paraná, mas ainda ocorre de maneira muito tímida.
Produto da parceria entre a Copel e a CI Biogás, a usina de Entre Rios do Oeste (PR) foi a primeira do Brasil a produzir energia com biogás oriundo do tratamento dos dejetos de suínos. A planta está em operação há um ano e meio, com capacidade de 480 KW, operada e mantida pela prefeitura do município. Em torno da usina, 18 produtores rurais parceiros transformam 215 toneladas de resíduos por dia em energia limpa, produzindo o biogás que é conduzido por uma rede de dutos até a unidade geradora. A venda do combustível se torna uma fonte de renda para eles. O investimento da Copel, financiadora do projeto, foi de R$ 17 milhões. Segundo a Copel, há também no Paraná casos de autogeração de energia elétrica nas propriedades rurais, seja por meio do bagaço da cana, energia solar ou do tratamento de dejetos.
CHAMADA ABERTA
A Copel mantém aberta, até 16 de fevereiro, uma chamada pública para a contratação de energia proveniente de autogeradores. A previsão é contratar até 50 MW (megawatt) médios de energia nessa modalidade, equivalente a 438 mil Mwh/ano ou 1,9% de sua carga anual.
O objetivo da chamada é atrair produtores independentes de pequeno e médio porte, incluindo minigeradores, aproveitando ainda mais o potencial energético do Paraná, com capacidade para operar de maneira conectada.
Para vender à Copel, os autogeradores terão de constituir uma microrrede - um sistema elétrico independente, que funciona como uma “ilha de energia”, integrando geração, armazenamento e consumo à rede de distribuição.
A Copel abre a oportunidade para pequenas centrais hidrelétricas, produtores de energia a partir de cavaco de madeira, cana de açúcar ou biogás com os dejetos de suínos, o que representa mais uma fonte de renda e de oportunidade para os produtores paranaenses.
O Paraná tem a maior tradição na produção de fitoterápicos do Brasil. O Estado possui uma área de 6 mil hectares ocupada com espécies potenciais, medicinais, condimentares e aromáticas, que rendem uma produção anual média de 18,6 mil toneladas e uma receita de R$ 88,5 milhões. As informações são da AEN (Agência Estadual de Notícias).
“Tudo iniciou na década de 1970, quando o Estado começou a ter muitas áreas dedicadas à plantação de menta, que era usada na fabricação do óleo essencial e destinado à exportação”, conta Laís Gomes Adamuchio de Oliveira, coordenadora estadual de plantas potenciais, medicinais, aromáticas e condimentares do Iapar-emater (Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná).
Apesar de a menta ter sido praticamente dizimada no território paranaense por uma doença e de não ser mais o forte da produção no Estado, a tradição do cultivo de plantas com propriedades terapêuticas e medicinais permaneceu.
Segundo a coordenadora, a escolha do plantio dessas espécies é excelente opção para a agricultura familiar por terem alta rentabilidade por área, chegando a ser até dez vezes mais lucrativas do que os grãos. Ainda, o cultivo demanda muita mão de obra, o que pode gerar mais empregos.
Laís afirma que a busca das pessoas por produtos naturais tem alavancado o setor, principalmente aqueles para tratar a ansiedade, como lavanda, maracujá folha, capim-limão e erva-cidreira. “O mercado de cosméticos e corantes naturais também é promissor e tem aumentado a demanda por plantas com princípios ativos de interesse”, afirma.
Segundo os dados do Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento, são 154 municípios paranaenses envolvidos na produção das espécies potenciais, medicinais, aromáticas e condimentares, atendidos com assistência técnica do Idr-paraná.
O grande destaque é a camomila, com 1.853 hectares distribuídos em 14 municípios.
POTENCIAL EXPORTADOR
Laís explica que a secretaria está finalizando um grande mapeamento que vai listar onde cada espécie de planta é cultivada no Estado. “Este levantamento facilitará, sobretudo, a comercialização destas plantas para grandes empresas”.
Atualmente, o Paraná se sobressai como exportador de ginseng brasileiro e óleo essencial de menta japonesa.
Entretanto, para que as plantas tenham apelo junto a empresas farmacêuticas, a capacitação dos agricultores é fundamental. “É preciso cuidar desde o plantio, passando pela colheita, até o beneficiamento para que não percam os princípios ativos que são de interesse das empresas compradoras. Os mercados de fitoterápicos e de óleos essenciais exigem mais cuidado e, por isso, a importância da assistência técnica”, afirma.
Na lista de chamada, Alessandra eram duas. Depois vinha a Aline, o André e o abecedário ia numa sequência que aos poucos já sabíamos a ordem e a hora de estarmos atentos e dizer “Presente”. Mas cada um tinha um jeito de confirmar que estava ali, na sala de aula. “Aqui”, “Eu”, ”Oi”, “Bom dia, Professor” e a maneira de pronunciar “presente” também tinha particularidades. Os donos de sotaques diferenciados enriqueciam a hora da chamada e só para valorizar quem vinha de fora, professor chamava duas vezes para ressoar a palavra que mais parecia música na boca da menina do Pará - e enaltecer sua cultura. “Emily?” E ela repetia educadamente “Présenti”.
Desde os anos iniciais, alguns pareciam estar em outro lugar e precisavam da ajuda de um colega para ouvir seu nome. Concentrado, no mundo da lua, com o pensamento longe ou com fone de ouvido e smartphone nos dias atuais, o presente acabava respondendo estar ali - ainda que causasse dúvidas. Sempre fui a última da lista e aguardar a vez de ser invocada é normal até hoje. Simplesmente erguer levemente a mão e sorrir, é meu jeito de dizer “presente”. Na primeira carteira, observando e aguardando a vez de todos, era comum o professor concluir a chamada, olhar para mim, dizer meu nome e sinalizar com o olhar que me enxergou e fazer uma marcação na lista – de papel ou no notebook.
Listas com nomes não se limitam às de chamada escolar acadêmicas. Buscar o próprio nome em listas de concursos, resultados e afins é uma ação cercada de expectativas. Ter o nome lançado ali, no impresso ou no meio digital, tal como sonhado, é uma descarga de adrenalina indescritível. Sinônimo de conquista. Fazemos nossas listas o tempo todo: de mercado, de aniversário, de casamento, a do chá de bebê - nosso ou da amigae a lista de material escolar é um clássico do início de ano. Assim como as promessas e votos que fazemos para o novo ano e a nova pessoa que projetamos ser. Dentro da lista anual, há quem faça planejamento mensal e até semanal para manter a vida no prumo. A provocação é diária. O preparador físico Vitor Loni é um incansável motivador. Lança diários em seu Instagram e finaliza seus textos com um bordão para sua lista de seguidores: “Let´s bora”. Vitor deve ter sido dos últimos da lista sempre, mas isso não o endureceu. Loni é livre, leve e de sorriso largo e franco. Nas horas vagas é palhaço nos hospitais e casas de idosos. Acha tempo pro outro em sua infinita lista de prioridades. Trabalho, casa, família, atividade física, espiritualidade e a constante busca pelo equilíbrio. A expectativa e a realidade devem ser levadas em conta para tentar fugir das frustrações. A palavra lista em si é associada a diferentes situações. Ter uma “play list” para correr, caminhar, dirigir, limpar a casa ou viajar é fazer da lista favorita de músicas uma diversão. Estar na lista negra de alguém é sinal de enguiço. Já estar na lista VIP, o oposto. Ter uma lista de desejos independe de idade, faixa etária ou condição financeira. Lista de desejos está ligada a sonhos - e sonhos não envelhecem. Aprender flauta aos 70 anos foi uma oportunidade que Dona Ana teve no Centro de Convivência do Idoso da região oeste. Conta que começou a trabalhar aos seis anos e nunca teve tempo pra brincadeira ou escola. Com sabedoria, faz da velhice, fase de descobertas, recomeços e vive emoções que confortam o coração até de quem está perto. Dona Ana com “A” e Vitor com “V”. De A a Z, tenho uma lista de amigos para contar. Sim, tenho um amigo chamado Zoinê. É marido da Suzi.
A vida um tanto nômade até pisar em Londrina tirou o contato físico de uma lista de pessoas amadas. A Priscila está em Bauru, a Renata em São José dos Campos, a Danila entre São Paulo e Campos do Jordão, a Carol em Campinas, minha família em Pirassununga, minhas avós, agora no céu Aurita e Luzia, fizeram a despedida em Getulina. Pessoas distantes, próximas, as que já se foram e as que chegam diariamente se conectam em meus pensamentos. O Flávio Vianna, em General Salgado virou amigo na pandemia que o trouxe dos Estados Unidos para o seio familiar. Sua simplicidade traz uma lista de encantos - é um atrás do outro. Aprendo com todas essas pessoas que fazem do limão, limonada e são felizes por repartir e repetir: “Quem reparte, fica com a melhor parte”. Essa aprendi com Juliana Flores, minha amiga que se soma à Sirlene Negrão, à Alexandra Santos, à Samira Guilherme, ao Luiz Flávio, Juliana Canhete, Suzana Aranda, Marilu Stock, Paulo Henrique, Guilherme, Myllenne Dutra e uma infinita lista que não caberia aqui.
A lista de compras, a lista de convidados, a playlist para fazer caminhada: temos muitas listas em nosso acervo
O programa Paraná Trifásico alcançou 2.807 quilômetros de novas redes de energia elétrica já implantadas no Estado até o final de 2020.
Desses 668 foram construídos na região CentroSul, 646 na região Leste, 573 quilômetros nas regiões Oeste e Sudoeste, 501 na região Noroeste e 419 quilômetros na região Norte do Paraná. A distância é maior, em linha reta, do que entre os municípios de União da Vitória, no Paraná, e Manaus, no Amazonas. O investimento foi de R$ 261 milhões. As informações são AEN. “É o maior programa do gênero no País, com previsão de construir 25 mil quilômetros de linhas. É uma modernização que atende a área rural, colaborando com as cooperativas e os produtores rurais”, disse o presidente da Copel, Daniel Slaviero.
Está prevista a construção de mais 3 mil quilômetros de novas redes em 2021, de 4,5 mil quilômetros em 2022 e de 5 mil em cada ano entre 2023 e 2025.
O PROGRAMA Toda a espinha dorsal da rede de distribuição no campo está sendo trifaseada, substituindo a tecnologia monofásica existente. Além de garantir energia de mais qualidade e com maior segurança, o programa proporciona o acesso do produtor rural à rede trifásica a um custo muito inferior ao que hoje é pago. A Copel vai investir R$ 2,1 bilhões para alcançar todos os cantos do Paraná.
Com o Paraná Trifásico, a companhia melhora a qualidade no fornecimento de energia para o campo, renova seus ativos e garante mais segurança aos seus funcionários e à população. Os novos cabos com capa protetora isolante têm nível de resistência reforçada quando atingidos por galhos de árvores ou outros objetos.
O programa também retira os postes antigos do meio
REVOLUÇÃO NO CAMPO
O Paraná Trifásico é uma evolução do Clic Rural, iniciativa que levou energia para mais de 120 mil propriedades rurais nos anos 1980 e se tornou o principal programa de eletrificação rural da época.
Passados mais de 30 anos, o perfil do consumidor rural é outro. Com o avanço dos processos tecnológicos no campo, cada vez mais mecanizados e automatizados, a preocupação com a qualidade do fornecimento de energia elétrica passou a ser prioridade, tanto para o investidor quanto para a Copel.
O programa tem orçamento de R$ 2,1 bilhões e faz parte do maior pacote de investimentos da história da Copel Distribuição, junto à Rede Elétrica Inteligente, com aporte de R$ 820 milhões para implementar medidores inteligentes em 4,5 milhões de unidades consumidoras (casas e empresas), e às novas subestações de energia que estão em construção.
São mais de R$ 3 bilhões para modernizar e automatizar a rede, preparando-a para novos perfis de consumo relacionados às cidades inteligentes, maior autonomia dos usuários e geração sustentável.
Com o Rede Elétrica Inteligente, as unidades consumidoras terão medidores digitais que se comunicam diretamente com o Centro Integrado de Operação da Distribuição da Copel, facilitando o controle desde a subestação até o consumidor final. Esse investimento tecnológico permitirá leitura de consumo a distância e autonomia para o consumidor monitorar sua fatura. O programa também vai reduzir o tempo de desligamento provocado por intempéries e outros fatores externos aosistema.
A instalação da tecnologia acontecerá em 73 cidades das regiões Centro-sul, Sudoeste e Oeste do Paraná, com benefício direto a 1,5 milhão de paranaenses (462 mil unidades consumidoras).
Mensagens enganosas têm circulado nas redes sociais afirmando que países tropicais não deveriam temer a Covid-19 no verão, pois o vírus não sobreviveria a temperaturas superiores a 36oc. Já um cartaz exposto em um mercado brasileiro sugere que se consumam alimentos ácidos a fim de modificar o ph do corpo e evitar que o vírus o contamine. Entretanto, essas informações são falsas. Quem conta a relação do vírus com a temperatura e ph é o Doutor Walton Luiz Del Tedesco Jr. Ele é infectologista e atua na Santa Casa de Londrina e no Hospital Universitário da Universidade Estadual de Londrina.
TEMPERATURA
O doutor Walton já anula a mensagem sobre a temperatura em uma constatação simples: a temperatura corporal varia em torno dos 36oc. Se o novo coronavírus morresse a essa temperatura, ele não seria capaz de contaminar um ser humano. A verdade é que o vírus pode suportar temperaturas até 55oc a 60oc. Tedesco lembra que a ação do sistema imunológico faz com que a temperatura do corpo se eleve, causando febres que podem chegar aos 40oc. Como a febre é uma resposta do organismo, e não uma forma propriamente dita de combate ao vírus, o médico recomenda que pacientes sintomáticos para febre não desprezem o uso de medicamentos antitérmicos durante seu tratamento.
Porém, o médico ainda ressalta que, apesar da temperatura ambiente não ser capaz de eliminar o vírus, ela pode influenciar em sua proliferação. “A tendência, tanto do coronavírus como de boa parte dos vírus respiratórios, é que eles repliquem melhor em temperaturas mais baixas” – explica o médico. Esse é um dos motivos de haver surtos de gripe no inverno. Outro fator é que, nas estações mais frias, é comum que a população se concentre em ambientes fechados, com pouca circulação de ar. Porém, o que se observa no comportamento do Sars-cov-2 é que “ele se deu muito bem inclusive no verão de alguns países e em países tropicais” – relata Tedesco. O fato é que epidemias foram relatadas em diversos países independentemente de clima, região ou estação.
PH
Já quanto ao ph, mais de um elemento caracteriza a informação como incorreta. A escala do ph é medida e uma régua que vai de zero a 14, em que a extremidade inferior é ácida e a superior é básica, sendo neutra no meio. Produtos como o limão e o vinagre são considerados ácidos, enquanto o sabão é básico, e a água, neutra. No cartaz, os produtos considerados ácidos são referidos como “alcalinos”, o que já é um deslize científico, pois o termo “alcalino”
é sinônimo para básico. Outro dado falso é de que os alimentos ácidos seriam os de ph superior a 5,5. Na verdade, conforme a escala, são ácidos aqueles de ph inferior a 7.
Tedesco explica que o novo coronavírus fica alojado em nossos corpos dentro das células humanas, sobrevivendo ao mesmo ph padrão do organismo. O doutor conclui que “não é tomar um suco de limão ou mudar a sua alimentação que você vai ter um efeito drástico no seu ph sanguíneo e isso vai acabar com o vírus – é outra invenção”. Da mesma forma, o uso de composto ácidos, como o vinagre, na higienização de objetos e superfícies não é eficaz. Para eliminar microrganismos de materiais e mãos é recomendado que se utilize o álcool 70%, sabão ou detergente.
Para se proteger, Tedesco indica que a melhor medida para se evitar o coronavírus ainda é o isolamento social e que não adianta “ficar inventando alimentações, medicamentos, substâncias ou temperaturas diferentes. Ainda é o isolamento social até chegar a vacina”.
As publicações que dispersaram essa informação falsa não se valem de argumentos científicos ou dados concretos, característica que deve sempre causar desconfiança ao leitor. Se você receber uma informação suspeita, não deixe de enviar para o Folha Confere.
FOLHA CONFERE é um projeto da Folha de Londrina que tem o intuito de combater a desinformação e esclarecer as dúvidas dos leitores. Você pode participar enviando para a equipe de checagem de fatos discursos, textos, imagens e vídeos recebidos ou lidos em sites, redes sociais ou aplicativos de mensagens privadas ou grupos que deseja averiguar a veracidade. Acesse o formulário de envio de notícias em dúvida no QR Code. Nas redes sociais use a hastag #Folhaconfere.