Entidades emitem notas sobre vacinação
A AMB (Associação Médica Brasileira) e a SBI (Sociedade Brasileira de Imunologia) emitiram notas sobre a necessidade urgente do início da vacinação e a eficácia das vacinas no Brasil. A AMB ressaltou a importância da vacinação da população contra o Sars-cov-2. Segundo a AMB, é urgente o início da vacinação no Brasil.
“Só assim evitaremos mais mortes causadas pela Covid-19. Desde 8 de dezembro de 2020, quando a primeira dose da vacina foi ministrada no mundo ocidental, já são 23 milhões de aplicações realizadas com segurança em mais de 50 países. A maioria das pessoas vacinadas não apresenta efeitos colaterais. Os que apresentam geralmente têm sintomas leves. Nenhuma morte relacionada à vacinação para Covid-19 foi descrita até o momento, enquanto a doença já causou mais de 1.900.000 óbitos globalmente.”
A nota da SBI, por sua vez, apontou que o estudo da AstraZeneca (Vacina Oxford) e o da Sinovac (Vacina Coronavac) adotaram critérios diferentes para categorizar o que foi considerado “caso de Covid-19” e isso faz com que o cálculo da eficácia global de cada um não seja diretamente comparável. “Estamos em um momento histórico em que nunca houve tantas vacinas diferentes ao mesmo tempo para uma mesma doença. Não existe padronização mundial para estudos de fase III – embora a FDA (Food and Drug Administration) recomende isso. A SBI endossa fortemente essa recomendação.”
Os números totais dos dois são muito semelhantes. “Uma diferença importante, além da tecnologia vacinal, e dos sintomas usados para classificar casos, foi que a Oxford foi testada na população geral, e a do Instituto Butantan em profissionais de saúde atendendo pacientes de Covid-19. A taxa de incidência de casos da doença no grupo placebo do Instituto Butantan é praticamente o dobro do que se observa no grupo placebo da Vacina Oxford, sendo que o número total de casos graves, nos dois estudos, também foi comparável.”
“A busca de vacinas para a Covid-19 foca, no momento, em controle de sintomas. Com o tempo, poderemos focar na busca de imunidade que proteja da infecção”, completa a nota.