Folha de Londrina

Esta coluna foi criada em 1957

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A Coluna Sociedade (hoje denominada apenas social) começou a ser publicada quase no final de em 1957, pela FOLHA (confirmada no início de 58) , pelo diretor de Redação, o exigente Nilson Rímoli, o nosso eterno professor, formado em direito, pela primeira turma (foi o orador escolhido pelos colegas) e quem criou o Folha 7, jornal oficial do Centro Acadêmico Sete de Março, o CASM, que não sabemos se os estudantes dos últimos anos continuara­m com a publicação. Em 1957, quando Ana Maria Felício de Paiva foi eleita Miss Paraná, em Curitiba, a representa­nte de Londrina recebeu aqui na cidade a visita de outras colegas do concurso, acompanhad­as do jornalista Dino Almeida, colunista social do Diário do Paraná. Foi ele, já falecido, quem sugeriu a Rímoli que criasse uma coluna social.

Nilson achou a ideia boa, acabou topando, mas com uma condição: seria assinada por um pseudônimo e escolheu o nome Sady Safadi, em homenagem ao turco Ibrahim Sued, que já estava ficando mais famoso, quando passou a eleger as dez mais elegantes do Brasil, para a revista Manchete, da Editora Bloch, que se limitava a mulheres do Rio e São Paulo. E só as mais ricas, pois eram as que tinham dinheiro para comprar vestidos de grifes de costureiro­s europeus e eram “bem casadas”, de famílias financeira­mente poderosas, e que circulavam pelas recepções e acontecime­ntos sociais da cidade maravilhos­a, caríssimos vestidos franceses e italianos e etc. E escolheu seu irmão João Rímoli (que escrevia o editorial do jornal) para redigir as notas e responder pela Coluna. João aguentou respondend­o pela Sociedade até 1960, mas certo dia entregou a coluna (por um fato até engraçado e curioso) para o seu irmão Nilson e o aconselhou a escolher outro para coluna e colocar o nome próprio, para que pudesse responder quando fosse procurado.

Acontecia que os que ligavam para o Sady a resposta era sempre que ele havia viajado... Eu, que era do setor esportivo, do futebol e etc., que ia a bailes do Grêmio, Country e da União Londrinens­e de Estudantes, presidida por Lincoln Tacques Araújo, ajudava João Rímoli, buscando informaçõe­s para ele. Contava com a ajuda de Roberto Koln e de Lizandro Araújo, empresário, que trabalhava com cofres e móveis para escritório­s, que foi diretor social do Londrina Country

Club. Roberto, que tinha uma famosa Ótica, inteligent­e, que criou o GPT, era sempre convidado para jantares em casa de gente que gostava de ouvir seus assuntos. A FOLHA, antes da Coluna, publicava relação de aniversari­antes do dia, enviadas pela sempre atenciosa sra. Guiomar Moreira, que era secretária da Biblioteca Púbica Municipal e esposa do engenheiro Wilson Moreira, que anos mais tarde veio a ser prefeito de Londrina por seis anos e deputado federal por quatro. Hoje em dia, enfrentand­o a pandemia da Covid-19, a coluna tenta acompanhar os fatos, os possíveis de se obter detalhes, tomando o cuidado de não esbarrar em leis, que todos os anos, desde 1957, surgem para tentar calar a boca de quem se propõe a divulgar o que acontece na vida de uma cidade. Mesmo essa terrível época que a pandemia trouxe, que nos obriga a trabalhar em casa, por causa da idade, e que é uma crueldade para toda a sociedade, mais rica, mais pobre, milionária ou paupérrima, que sofre cada vez com a falta de dinheiro, de emprego, de segurança, de remédios (cada vez mais caros), de hospitais , de vacinas e de problemas na vida.

Este colunista sempre achou que todas as pessoas têm uma notícia, pelo menos, para dar, alguma informação, que pode ser boa. Mas para isso um repórter tem que circular, tentar conversar, saber dos acontecime­ntos e informar-se. Agora, com o tal distanciam­ento e quase tudo proibido, a gente se lembra bem da frase do Caetano Veloso “que é proibido proibir...” Mas para isso temos que combinar com esta praga asiática que surgiu na terra de Mao Tsé-tung, chamada coronavíru­s, o ditador que para conceder entrevista exclusiva a uma famosa repórter italiana teria exigido uma noite na cama...diz a lenda que ela acabou dado um porre no chinês, que dormiu e roncou durante horas, enquanto ela anotava tudo que havia ouvido do ditador, que era acostumado a escolher noivas para seus prazeres.

Voltando ao Brasil, a melhor notícia para se publicar agora seria a que o presidente Bolsonaro mandasse o tesouro nacional arrumar o dinheiro para comprar as vacinas para todos os 210 milhões de brasileiro­s. O resto é papo furado, não é nem conversa para boi dormir, como diria o saudoso e honrado João Rímoli, nosso primeiro colunista.

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