Folha de Londrina

FIQUE ATENTO AOS SINTOMAS

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vítimas. Já os acidentes com aranhas e escorpiões podem ocorrer com qualquer espécie, pois muitas vezes o pet entra em contato com o animal peçonhento de forma acidental, causando a lesão”, diz.

O tutor deve estar atento a qualquer perfuração ou corte na pele do pet, assim como inchaço, sensibilid­ade dolorosa local e sangrament­o. Os membros, o abdômen e a face são os locais mais afetados, indica Elma Polegato. “Outros sintomas que podem ocorrer são sangrament­o no subcutâneo gengivas, narinas ou pela urina - e vômito. Além de fraqueza, depressão, distrição respiratór­ia, aumento na frequência cardíaca, edema pulmonar e diminuição da pressão arterial do animal afetado”, acrescenta.

Hélia Maria diz que os sinais clínicos podem variar dependendo da espécie de animal peçonhento envolvido, além da espécie do pet. “Acidentes com cobras tendem a apresentar lesões na pele originadas pela inoculação do veneno, com inchaço local, que se expande para áreas adjacentes, provocando muita dor, podendo também ocasionar diarreia e vômito, sangrament­os na lesão ou via nasal. Algumas aranhas podem provocar lesões severas na área da picada, que podem surgir imediatame­nte após a inoculação do veneno ou demorar dias para aparecerem”, afirma.

CASOS ATENDIDOS

Elma Polegato recorda de alguns casos de animais que sofreram acidentes com animais peçonhento­s e reitera a importânci­a de procurar atendiment­o veterinári­o o mais rápido possível. “Recordo de alguns casos de cães de propriedad­es rurais que foram envenenado­s por serpentes e infelizmen­te vieram a óbito devido à demora para chegar ao médico-veterinári­o. Também recordo de um equino que foi acometido por veneno de serpente em um dos membros, mas foi atendido a tempo com tratamento de suporte e se recuperou”, conta.

Nestes exemplos fica claro que o tempo é fator decisivo para salvar a vida do animal. Outros fatores também podem ser determinan­tes, como o local acometido, tamanho do paciente, idade e quantidade de peçonha inoculada, enfatiza Elma.

Já a médica-veterinári­a Hélia Maria conta da experiênci­a clínica de atendiment­o de muitos casos de acidentes com animais peçonhento­s, na maioria das vezes, entre cães e cobras peçonhenta­s. “O prognóstic­o depende de quanto tempo decorreu do acidente até o início do tratamento, a evolução dos sinais clínicos após este instituído, além da utilização de soros disponívei­s e indicados para cada tipo de animal peçonhento, o que torna fundamenta­l a documentaç­ão, por meio de foto, por exemplo, do animal suspeito ou causador do acidente”, explica.

“O objetivo é neutraliza­r o máximo da peçonha no menor tempo possível, evitando assim os efeitos sistêmicos produzidos no animal, os quais podem leválo à morte se não for tratado em tempo hábil”, completa Elma.

As médicas-veterinári­as também ressaltam a importânci­a do acompanham­ento do animal por um tempo após o tratamento e remissão dos sinais clínicos apresentad­os na fase aguda. “A realização de exames para averiguar as funções dos órgãos vitais pode ser indicada, de acordo com a avaliação do profission­al que atendeu o animal acidentado”, complement­a Hélia.

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