Folha de Londrina

Mais Dedo de Prosa

- Reinaldo Mathias Ferreira (escritor) Londrina

No artigo Dedo de Prosa desta Folha, de 13 e 14 de fevereiro, o médico Sideney Girotto afirma: “pergunto, como os políticos da época deixaram demolir o Colégio Londrinens­e?” É importante esclarecer que, ao ser anunciada a venda daquele imóvel na Rua Quintino Bocaiúva, avaliações não oficiais davam conta de que o preço de venda estava abaixo do valor de mercado. Londrina estava com falta de vagas nas escolas, e os professore­s, inclusive eu, do Ginásio Estadual José de Anchieta (hoje Colégio) e representa­ntes do Grêmio Estudantil da escola, fomos conversar com o então Governador Pedro Viriato Parigot de Souza, que recebeu a comissão em palácio já sabedor de que nosso objetivo era solicitar do governo a aquisição aquele imóvel para implantar ali mais escola pública. O governador desenhou numa folha (ele era engenheiro) o terreno onde se localiza o Colégio José de Anchieta e a área que o prédio ocupava. Informou, então, que com o dinheiro para a aquisição do Colégio Londrinens­e com uma casa residencia­l, três prédios com salas de aula, auditório e um Ginásio de Esportes (Colossinho), o Estado construiri­a mais blocos no terreno ainda vago do Ginásio. E os desenhou. Houve ponderaçõe­s de nosso lado, mas a argumentaç­ão do governador prevaleceu, embora não se tenha construído nenhum bloco naquele local. Se outros grupos não pugnaram pela compra do Londrinens­e nem impediram a demolição mais tarde, nós tentamos.

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