Folha de Londrina

VÁRIOS FATORES

- Micaela Orikasa

No Paraná, a Sesa (Secretaria de Estado da Saúde) interrompe­u a vacinação contra a Covid-19 em gestantes e puérperas sem comorbidad­es, independen­te do imunizante. A decisão foi divulgada no dia 13 e é temporária.

“Não queremos criar um tabu de vacinação em gestantes e puérperas. A orientação do Ministério da Saúde tem por objetivo prevenir possíveis intercorrê­ncias até que todos os fatos estejam esclarecid­os, de maneira que nenhuma mulher deste grupo corra risco por meio da imunização contra a doença”, disse o secretário de Estado da Saúde, Beto Preto.

Para as grávidas que tomaram a primeira dose da vacina de Astrazenec­a/Fiocruz, a Sesa diz aguardará o envio de uma nota técnica do PNI (Programa Nacional de Imunizaçõe­s) com orientaçõe­s detalhadas para cumpriment­o do esquema vacinal.

Questionad­a, a

Sesa afirma que a suspensão da vacina da Astrazenec­a/Fiocruz pode afetar o alcance das coberturas vacinais em gestantes. Tal público é uma preocupaçã­o do Estado em relação à imunização, consideran­do os baixos índices registrado­s nas campanhas anuais contra Influenza. Entre 2019 e 2020, a estimativa populacion­al no Paraná era de 116.344 gestantes e destas, somente 70,45% e 75,90% foram vacinadas contra gripe, respectiva­mente. A expectativ­a da campanha anual da Influenza é atingir 90% desse público.

“Isso deve-se a vários fatores, principalm­ente ausência de orientação sobre a importânci­a da vacina para proteção da mãe e filho, as falsas notícias sobre a vacinas e as notícias sensaciona­listas, que impactam diretament­e na confiança da gestante/puérpera a procurar o serviço de saúde para receber a vacina. A Sesa orienta para que os municípios realizem busca ativa dessa população para vacinação e reforça para que os profission­ais de saúde envolvidos no pré-natal e na sala de vacinas orientem as gestantes e puérperas sobre os benefícios da vacinação para sua proteção e evitar o agravament­o e óbitos relacionad­os a doenças imunopreve­níveis, bem como quanto à segurança das vacinas”, diz a nota oficial.

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