VÁRIOS FATORES
No Paraná, a Sesa (Secretaria de Estado da Saúde) interrompeu a vacinação contra a Covid-19 em gestantes e puérperas sem comorbidades, independente do imunizante. A decisão foi divulgada no dia 13 e é temporária.
“Não queremos criar um tabu de vacinação em gestantes e puérperas. A orientação do Ministério da Saúde tem por objetivo prevenir possíveis intercorrências até que todos os fatos estejam esclarecidos, de maneira que nenhuma mulher deste grupo corra risco por meio da imunização contra a doença”, disse o secretário de Estado da Saúde, Beto Preto.
Para as grávidas que tomaram a primeira dose da vacina de Astrazeneca/Fiocruz, a Sesa diz aguardará o envio de uma nota técnica do PNI (Programa Nacional de Imunizações) com orientações detalhadas para cumprimento do esquema vacinal.
Questionada, a
Sesa afirma que a suspensão da vacina da Astrazeneca/Fiocruz pode afetar o alcance das coberturas vacinais em gestantes. Tal público é uma preocupação do Estado em relação à imunização, considerando os baixos índices registrados nas campanhas anuais contra Influenza. Entre 2019 e 2020, a estimativa populacional no Paraná era de 116.344 gestantes e destas, somente 70,45% e 75,90% foram vacinadas contra gripe, respectivamente. A expectativa da campanha anual da Influenza é atingir 90% desse público.
“Isso deve-se a vários fatores, principalmente ausência de orientação sobre a importância da vacina para proteção da mãe e filho, as falsas notícias sobre a vacinas e as notícias sensacionalistas, que impactam diretamente na confiança da gestante/puérpera a procurar o serviço de saúde para receber a vacina. A Sesa orienta para que os municípios realizem busca ativa dessa população para vacinação e reforça para que os profissionais de saúde envolvidos no pré-natal e na sala de vacinas orientem as gestantes e puérperas sobre os benefícios da vacinação para sua proteção e evitar o agravamento e óbitos relacionados a doenças imunopreveníveis, bem como quanto à segurança das vacinas”, diz a nota oficial.