Folha de Londrina

As estradas nos levam a uma viagem gastronômi­ca

- por Fábio Luporini

Uma viagem de Londrina para Curitiba já cria certa expectativ­a gastronômi­ca, de degustar as delícias das paradas no meio da estrada. E quem tem o costume de cruzar o estado do Norte do Paraná à capital sabe que tem alguns pontos obrigatóri­os. Entre eles, está a Soledade, uma lanchonete que se localiza na região de Imbaú, mais precisamen­te no km 394 da BR-376. Para quem viaja de ônibus, como eu fiz recentemen­te, são apenas 20 minutinhos para um bom lanche e um bom café coado.

Não tem segredo. E, aliás, não tem variação, apesar de tanta variedade. Toda vez que paro por ali dá vontade de comer a coxinha de frango deles. A massa fica crocante demais e o recheio é bem temperado. Da última vez, exagerei. Comi duas. E mais um café. Mas, não tem jeito. A gente demora pra pegar a estrada e, quando segue viagem, parece que ficamos esperando a hora de parar em determinad­o local para matar a saudade daquela gastronomi­a. Na volta, foi a vez de degustar o pão de queijo, grandão e bem servido.

Quando a gente vai de carro, dá para fazer uma paradinha no km 296 da BR-376, na Serra do Cadeado, em Mauá da Serra. O Mapy também é ponto para, ao menos, um cafezinho antes de seguir adiante. Nem é tão longe da saída, em Londrina, mas, é caminho. Então, a gente para! Mas, tantos outros locais são “obrigatóri­os”. Tais como a parada do mel, para comprar mel puro. Ou, então, quando é época de pinhão, a gente tem que dar uma encostada e carregar o carro com as sementes. E, também, a saudosa Holandesa, que tinha alguns doces exclusivos e com gostinho de infância. A memória afetiva sempre se lembrará dos quitutes dali.

Além disso, em outros caminhos certamente há outras tantas paradas obrigatóri­as. De Londrina a São Paulo, por exemplo, já no estado vizinho, tem as grandes redes, como o Graal, mas, também pequenos pontos com caracterís­ticas exclusivas. Só de lembrar do Castelinho da Pamonha, na Rodovia Castelo Branco, já dá água na boca! Alguns da família gostam do cural cremoso que eles servem ali ou da própria pamonha, carro chefe do local. Eu, entretanto, não dispenso o delicioso suco de milho e, muito menos, o sorvete, que é um dos meus preferidos.

Enfim, a gastronomi­a, por si só, já nos proporcion­a uma grande viagem pelos sabores, ingredient­es e culturas distintas. Por outro lado, viajar também nos leva a conhecer e a degustar diferentes quitutes. E uma viagem, no sentido literal da palavra, traz consigo memórias gastronômi­cas afetivas inesquecív­eis.

Fábio Luporini é jornalista. Escreve na edição de sexta-feira.

Os artigos publicados não refletem, necessaria­mente, a opinião da Folha de Londrina.

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