Campeãs no jiu-jitsu lutam também por patrocínios
As irmãs Ane Vitória e Maria Clara França despontam como grandes nomes do jiu-jitsu paranaense. Moradoras de Arapongas (Região Metropolitana de Londrina), estão há cinco anos no esporte e já acumulam mais de 40 medalhas cada uma em competições estaduais, nacionais e internacionais.
Aos 16 anos, Ane Vitória foi terceira colocada no Campeonato Brasileiro realizado recentemente e é tetracampeã paranaense. Acumula ainda medalhas de bronze em um Mundial,
em dois Sul-Americanos e dois Brasileiros. “Estou satisfeita com meus resultados, mas com o objetivo de melhorar sempre. A minha meta é continuar evoluindo e ser campeã mundial”, afirma a atleta da equipe Rilion Gracie Arapongas.
As irmãs começaram no esporte em 2017 com o objetivo inicial de melhorar a saúde e a qualidade de vida. “Eu tinha um quadro de depressão e déficit de atenção e descobri que o jiu-jitsu poderia ajudar nos sintomas. Gostei logo de cara e me ajudou a ter concentração, confiança e disciplina. Melhorou meu desempenho em tudo e hoje não me vejo sem o jiu-jitsu”, comenta Ane.
Apesar do apoio dos pais, Maria Clara, 14 anos, revela as dificuldades financeiras para a disputa de todas as competições. Sem apoio da iniciativa privada e também do poder público, as atletas precisam buscar alternativas para bancar os custos com as viagens. “Fazemos rifas, promoções e até bolo em sinal já vendemos. Mas nem sempre conseguimos estar em todos os eventos, principalmente em algumas viagens mais longas, e perdemos algumas boas oportunidades”, frisa a tricampeã paranaense.