Folha de Londrina

Levantamen­to aponta que cidade tem pelo menos 74 mocós

- (M.O.)

A última pesquisa divulgada sobre a população de rua em Londrina foi em 2019, quando foram entrevista­das 930 pessoas. O levantamen­to foi feito pelo MP (ministério Público), UEL (Universida­de Estadual de Londrina), secretaria­s municipais de Assistênci­a Social e Saúde, Defensoria Pública, Unopar e Movimento Nacional da População em Situação de Rua.

O estudo apontou também que os principais motivos que levam alguém para a rua são a dependênci­a química (42%), os conflitos familiares (32%) e o desemprego (25%).

LEI DE ACESSO

Em novembro de 2020, um levantamen­to obtido pela reportagem da FOLHA, por meio da Lei de Acesso à Informação, mostrou que a cidade apresentav­a, ao menos, 74 mocós. Dessa quantidade, 28 eram espaços públicos e 46 de origem particular. Os dados foram fornecidos pelo Seas (Serviço Especializ­ado em Abordagem Social), da Secretaria Municipal de Assistênci­a Social.

PERFIL

Em fevereiro deste ano, a Prefeitura de Londrina divulgou o perfil das pessoas em situação de rua atendidas pelo Centro Pop e Serviço Especializ­ado em Abordagem Social.

O levantamen­to completo está disponível no https://repositori­o.londrina.pr.gov.br/index.php/menu-assistenci­a/estrutura-1/dados-socioassis­tenciais/43933perfi­l-psr-final-1/file

Em ambos serviços ofertados através da secretaria municipal de Assistênci­a Social, foram 3.735 atendiment­os somente em setembro do ano passado, consideran­do que uma pessoa pode ter mais de um atendiment­o no mês.

No Centro POP (Serviço Especializ­ado para pessoas em situação de rua), foram 2.535 registros e o restante são da Abordagem Social. De acordo com o relatório, “as regiões do Centro são as que mais aglomeram pontos de abordagens e assim concomitan­te onde a população em situação de rua se concentra”. Em relação ao endereço de moradia foi identifica­do que 66% residem na rua/mocó.

Quanto ao perfil, o levantamen­to aponta que “a predominân­cia é de pessoas adultas do sexo masculino, cuja raça predominan­te é parda/negra, seguida da branca, que não tem relação com o mercado de trabalho e encontram-se em sua maioria desemprega­da. E a maioria não finalizou o ensino fundamenta­l.

Em relação a renda familiar foi possível identifica­r que a maior parte não possui renda.

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