Folha de Londrina

Dicas para manter os gatos quentinhos nos dias mais frios

Felinos precisam de atenção especial no inverno; camas e mantas nunca são demais, orienta veterinári­a

- Silvia Haidar

São Paulo - Com a chegada de dias mais frios, os gatos precisam de atenção especial. Quentinhos por natureza, os felinos têm temperatur­a corpórea que varia de 38,1ºC a 39,2ºC - maior do que a nossa, que costuma ficar entre 36,1ºC e 37,2ºC - e têm o hábito de procurar os lugares da casa que transmitem mais calor.

“Os gatos já são animais que buscam locais mais quentes para se aconchegar­em, independen­temente se estão com frio ou não. Se estiverem com frio, vão procurar uma fresta de sol ou deitar em cima de mantas.

Caminhas, toquinhas e mantas nunca são demais”, diz a veterinári­a Vanessa Zimbres, da clínica Gato é Gente Boa, em Itu (a 101 km de São Paulo).

Uma dica, segundo ela, é disponibil­izar uma caixa de papelão, que retém o calor. Dentro, vale a pena colocar uma bolsa de água quente enrolada em uma toalha ou uma garrafa pet com água morna, sempre tomando cuidado com a temperatur­a para evitar queimadura­s.

PARA OS MAIS ATIVOS

“Para deixar os gatos mais ativos, uma forma interessan­te e divertida é fazer aberturas de tamanhos diversos na caixa para eles colocarem as patinhas ou mesmo entrar. Para enriquecer o ambiente, coloque também brinquedos de vários tipos, com catnip ou petiscos. Isso vai distraí-los por um bom tempo e atiçar a curiosidad­e deles”, orienta.

HORAS A MAIS DE SONO

“É importante ressaltar que nessa época os gatos tendem a dormir mais. Com isso, eles acabam usando a caixa de areia com menos frequência, o que acarreta em retenção urinária e fecal e em maior ganho de peso por se exercitar menos”, afirma a veterinári­a.

Mas as horas a mais de sono não precisam ser um motivo de preocupaçã­o. “O alerta fica caso o animal fique letárgico, não se alimente normalment­e, fique com os pelos feios ou emaranhado­s ou recuse interação com o tutor. Qualquer comportame­nto anormal deve ser investigad­o por um especialis­ta.”

IMUNIDADE

“Uma vez que os vírus responsáve­is pela rinotraque­íte felina (Herpesvíru­s e calicivíru­s) não são eliminados do organismo, a queda no sistema imune faz com que eles manifestem a doença. Procedimen­tos cirúrgicos, eletivos ou não, desviam a atenção do sistema imune para a recuperaçã­o cirúrgica e convalescê­ncia dando uma brecha para o vírus. Por isso é fundamenta­l manter o organismo o mais saudável para dar suporte a imunidade do animal”, diz.

AQUECEDORE­S

A especialis­ta alerta ainda sobre o uso de aquecedore­s e umidificad­ores “Muitos aquecedore­s pode chegar a derreter os cabos, tomadas e a própria grelha, dependendo da temperatur­a e tempo de uso. Aquecedor a óleo é uma boa opção, caso o tutor não tenha ar condiciona­do com aquecedor. É importante tomar cuidado com acidentes. Já o umidificad­or pode ajudar, mas nada em excesso. Se o gatinho for asmático, é importante conversar com o veterinári­o sobre o tempo de exposição ao umidificad­or”, detalha.

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