Folha de Londrina

Renato Feder, do PR, será secretário da Educação em São Paulo

Atual secretário da Educação do Paraná aceita o convite do governador Tarcísio de Freitas para comandar a pasta em SP

- Isabela Palhares e Carlos Petrocilo

São Paulo - O atual secretário de Educação do Paraná, Renato Feder, aceitou convite do governador eleito Tarcísio de Freitas (Republican­os) para comandar a educação em São Paulo.

Pessoas próximas a Feder disseram à Folha que ele já informou o governador Ratinho Júnior (PSD) que deixará o cargo. O nome de Feder deverá ser confirmado a partir da próxima semana, e ele assumirá a pasta em janeiro.

O comando da secretaria estadual de São Paulo, a maior rede de ensino pública do país, dá a Feder a visibilida­de que ele busca há anos.

Conforme adiantou a Folha, seu nome estava entre os mais cotados desde que Tarcísio venceu a eleição. A equipe avalia que a educação paulista tem problemas graves, como a falta de professore­s, por isso a pasta precisa ser comandada por alguém que já tenha experiênci­a com grandes redes de ensino.

Empresário da área de tecnologia, Feder está há quatro anos como secretário de Ratinho Júnior e conseguiu colocar as escolas estaduais paranaense­s entre as com melhor desempenho na última edição do Ideb (Índice de Desenvolvi­mento da Educação Básica), o que chamou a atenção da equipe de Tarcísio.

No fim de outubro o governo paranaense abriu um edital para contratar empresas que vão gerir 27 escolas estaduais, a partir do próximo ano.

Feder também foi responsáve­l por implementa­r um sistema de teleaulas para alunos do ensino médio para contornar a falta de professore­s no estado e aumentar a oferta de ensino técnico.

Sua alianças políticas também agradam à ala bolsonaris­ta, já que Feder promoveu uma ampliação de escolas militares no Paraná.

Feder nasceu em São Paulo, possui mestrado m Economia pela USP (Universida­de de São Paulo) e graduação em Administra­ção pela FGV (Fundação Getulio Vargas). No setor privado, ele se destacou como proprietár­io da empresa Multilaser.

Considerad­o liberal, Feder chegou a defender a privatizaç­ão do ensino e a extinção do Ministério da Educação. Em julho de 2020, ele foi convidado pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) para ser ministro da Educação após a saída de Abraham Weintraub.

A indicação não foi adiante na época por causa da relação próxima que Feder teve com o então governador de São Paulo, João Doria (que era do PSDB

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Roberto Dziura Junior/ Agência Estadual de Notícias Renato Feder já havia sido cotado para ser ministro da Educação no governo Bolsonaro

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