Aumento no número de casos de Covid-19 acende alerta em Londrina
Em uma semana, saltaram de 78 para 419 novos casos confirmados da doença na cidade; município inicia imunização para público acima de seis meses, mas procura ainda é baixa
A Secretaria Municipal de Saúde admite preocupação com o aumento de casos de Covid-19 na cidade. No dia 11 de novembro, o boletim semanal da doença divulgado pelo município apontava 78 novos casos confirmados. Na sexta-feira (18), foram 419. “Liga o sinal de alerta e faz a gente entender que aumentou a circulação da Covid-19 na cidade.Nãoháumamaneiramais eficiente e mais segura de proteção contra a Covid19, senão a vacinação. É muito importante que as pessoas se vacinem”, afirmou o secretário Felippe Machado.
O município contabilizou no sábado (19) dez mil agendamentos para a vacinação da dose de reforço contra a Covid-19 da população entre 18 e 39 anos de idade. As doses estão sendo distribuídas em 16 unidades básicas de saúde, das 7 às 19 horas. Ao longo desta semana, outras 4,5 mil vagas serão ofertadas em todas as unidades de saúde, da zona urbana e rural. Os agendamentos já foram liberados no site da prefeitura (www.londrina.pr.gov.br).
A Secretaria de Saúde calcula em 80 mil o número de pessoas aptas a receberem a segunda dose de reforço. Com o aumento do número de casos registrado nos últimos dias, afirmou Felippe Machado, a procura pelo imunizante também cresceu. “Com esse aumento do número de casos, nós temos a obrigação de oportunizar o acesso o mais rápido possível, especialmente para as pessoas que buscam a primeira dose de reforço, para que a gente não corra o risco de uma nova onda e novas lotações em serviços de saúde. Para hoje (sábado), abrimos dez mil vagas e rapidamente essas vagas foram preenchidas”, disse.
No sábado, o município também iniciou a vacinação contra a Covid-19 para o público entre seis meses e dois anos e 11 meses de idade. A distribuição das doses da Pfizer Baby estava marcada para começar às 8h30, mas teve gente que chegou ao Centrolab (Laboratório Municipal de Análises Clínicas) bem antes do horário para garantir a imunização, mostrando que a conscientização e a informação são o primeiro e principal passo para o combate à pandemia.
BAIXA PROCURA
Apesar do intenso movimentado registrado no Centrolab, a procura pelo imunizante está abaixo do esperado. Das cerca de oito mil crianças entre seis meses e três anos incompletos que vivem em Londrina, apenas mil foram cadastradas. E mesmo entre as cadastradas, os agendamentos foram menores do que a expectativa do município. A Secretaria Municipal de Saúde disponibilizou 300 vagas, mas apenas 150 foram preenchidas. “Infelizmente, a procura ainda não está como esperávamos”, disse o secretário de Saúde.
O município recebeu 790 doses da Pfizer Baby e, a partir de segunda-feira (21), a distribuição da vacina será descentralizada e feita em todas as unidades básicas de saúde, obedecendo a uma logística por região. Estarão abertas 400 vagas para essa faixa etária. “É o número de vacinas que temos disponíveis. O planejamentoéfeitodeacordocomo número de vacinas recebidas. A expectativa é que terça ou quarta-feira o Estado faça um novo envio e, assim, poderemos aumentar as vagas”, explicou Machado.
“A gente tem observado ao longo da campanha que quando abrimos um grupo populacional, especialmente as crianças, no começo é um pouco baixo, mas nos dias seguintes a gente observa um aumento e nossa expectativa é que isso aconteça agora, com essa nova faixa populacional.”
O secretário de Saúde reforçou a importância da imunização, especialmente em razão da proximidade das festas de final de ano. “As crianças não têm autonomia ainda para irem sozinhas a uma unidade de saúde. Por isso, a necessidade de conscientização dos pais, mães e responsáveis para garantir o direito dessas crianças.”
CONSCIENTIZAÇÃO
Felippe Machado criticou a veiculação de fake news, que prejudica a adesão à campanha. “Nunca tivemos medo de vacinar nossos filhos. As nossas gerações todas tomaram todo tipo de vacina sem nenhum tipo de questionamento justamente por saber que o Brasil tem o maior e melhor programa de vacinação do mundo e foi com esse programa que conseguimos erradicar doenças como o sarampo e a paralisia infantil.”