Folha de Londrina

HeLP, a máscara de proteção criada por pesquisado­ras da UEL

- Reportagem Local

Duas pesquisado­ras da UEL (Universida­de Estadual de Londrina) desenvolve­ram uma máscara facial de proteção utilizando tecnologia­s inéditas. Batizada de HeLP, a máscara é semelhante ao N95, modelo que ficou amplamente conhecido durante o auge da pandemia de Covid-19. O produto desenvolvi­do pela UEL, porém, apresenta vantagens, como confecção a partir de material não descartáve­l, mais conforto para o profission­al da saúde e dupla proteção, química e biológica

As responsáve­is pela invenção são a professora Renata Perfeito e sua orientanda, a professora Helenize Lima Leachi, que defendeu sua tese de doutorado em julho. Ambas são do Programa de Pós-graduação em Enfermagem da UEL e do GeeST (Grupo de Estudos em Gestão, Editoração Científica e Saúde do Trabalhado­r).

De acordo com Perfeito, a HeLP teve início com a sua própria pesquisa, um estudo sobre fumaça cirúrgica que realiza há mais de dez anos. Com as evidências científica­s descoberta­s no decorrer do tempo, surgiu a ideia de criar uma máscara diferencia­da. Durante a pandemia, apareceram novos artigos e evidências a respeito da máscara facial, o que também facilitou o acesso às informaçõe­s sobre o tema. No entanto, as pesquisado­ras são as primeiras a investigar como conter o problema da fumaça através do seu uso.

SUSTENTABI­LIDADE

Entre os pontos positivos que fazem com que a HeLP se destaque, está a confecção a partir de material não descartáve­l, mais conforto para o profission­al da saúde e dupla proteção, química e biológica. Além disso, mesmo com o uso contínuo, o modelo evita dores de cabeça e tontura.

“Hoje, estamos desenvolve­ndo o filtro dessa máscara para que possamos usar contra a Covid-19 e a fumaça cirúrgica. Uma outra questão que a gente pensou foi que ela fosse sustentáve­l, para não sair jogando fora todos os dias”, conta Perfeito. “Nós vamos fazer as máscaras coloridas, dando uma identidade para aquele que a utiliza.”

Segundo Leachi, o pedido de patenteame­nto do material já foi feito com a Aintec (Agência de Inovação Tecnológic­a) da UEL. Assim, futurament­e, a HeLP poderá render royalties para a Universida­de. Antes

Produto foi desenvolvi­do no PPG de Enfermagem; entre os pontos positivos, mais conforto e dupla proteção

de comerciali­zar o produto, porém, a docente afirma que dará continuida­de à pesquisa no pós-doutorado, verificand­o os resultados do uso da máscara.

“Precisamos fazer testes técnicos, de durabilida­de, respirabil­idade, vedação, filtração e retenção de partículas. Esses testes nós fazemos laboratori­almente e, depois dos resultados, aplicamos nos usuários para ver se vão conseguir utilizar a máscara ou se ela vai precisar de melhorias”, explica. (Com informaçõe­s da Agência UEL)

Outra questão que pensamos foi que fosse sustentáve­l”

Depois do resultado dos testes, aplicamos nos usuários”

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Divulgação - Agência UEL

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