Folha de Londrina

‘Sotaque inglês’ é a única certeza entre os titulares de Tite

- Luciano Trindade

O Grand Hamad Stadium já foi palco de vários esportes, como tênis de mesa, rugby de sete e esgrima. Localizado em Doha, é a casa do Al-Arabi SC e será, também, o QG da seleção brasileira durante a Copa do Mundo. É lá que Tite começa a definir o time que vai mandar a campo na estreia do Brasil na Copa do Mundo, quinta, contra a Sérvia, em Lusail.

A quatro dias do confronto, o treinador insiste que ainda não tem na cabeça a escalação. Antes de chegar ao Catar, a delegação teve uma semana de treinos em Turim, na Itália, de onde chegou no sábado (19). Durante esse tempo, o técnico optou por trabalhos específico­s. “Trabalhamo­s aspectos importante­s. Simulamos uma carga de trabalho que será importante, tal como se fosse em jogo. Agora são as partes de jogo, definição de equipe, estratégia, bola parada. O time vai ser decidido aqui. Preparação de todos e a definição da equipe serão aqui”, comentou logo na chegada a Doha.

Uma coisa, porém, é certa:

Ambiente leve no Grand Hamad Stadium, a casa do Brasil na Copa: metade dos convocados disputa o Campeonato Inglês

a maioria dos jogadores que devem representa­r o país no primeiro desafio vem do futebol inglês. Pela terceira Copa do Mundo seguida, os jogadores que atuam na Inglaterra são maioria na delegação canarinho, algo que também se reflete no time titular. Alisson, Thiago Silva, Casemiro e Richarliso­n são peças, praticamen­te, assegurada­s. Fred, Bruno Guimarães e Paquetá brigam, neste momento, por duas vagas no meio de campo. Todos eles jogam na liga inglesa.

“Ajuda muito o atleta estar na elite do futebol. Este ano, seis clubes ingleses tiveram como principal contrataçã­o da temporada jogadores brasileiro­s”, diz Paulo Vinícius Coelho, colunista da Folha, que está no Catar.

“Isso mostra que a principal liga do mundo está olhando para os jogadores brasileiro­s.”

Dos 26 convocados, 12 estão em clubes da Premier League. Casemiro, Fred e Antony, do Manchester United. Alisson e Fabinho, do Liverpool. Gabriel Jesus e Gabriel Martinelli, do Arsenal. Thiago Silva, do Chelsea. Ederson, do Manchester City. Richarliso­n, do Tottenham. Lucas Paquetá, do West Ham. E Bruno Guimarães, do Newcastle. Mais um nome ainda poderia ter sido incluído nesta lista, o de Philippe Coutinho, do Aston Villa. Ele só não foi para a Copa por causa de uma lesão muscular.

A Premier League, assim, dobra o número de representa­ntes na seleção brasileira em re

lação aos Mundiais de 2014 e 2018, quando teve seis atletas em cada edição. Vale lembrar, contudo, que desta vez o número de convocados para o torneio é maior, 26, em vez de 23.

O atual domínio do futebol inglês também se verifica em outras seleções. Ao todo, o Mundial vai reunir 158 atletas que atuam na Inglaterra. Praticamen­te, 1 em cada 5 convocados.

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Nelson Almeida (AFP)
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