Folha de Londrina

Policiais japoneses que investigam homicídio de Sakai estão no Brasil

- Vítor Ogawa

Três investigad­ores da Polícia da Província de Osaka, do Japão, chegaram a Brasília na noite de domingo (20), por volta das 21 horas, para entregar documentos para a Polícia Federal do Brasil com os relatórios traduzidos da investigaç­ão do duplo homicídio que ocorreu na cidade de Sakai, Osaka. Eles chegaram em um voo da Gol e, ao desembarca­r, nenhum deles conversou com a imprensa.

O crime ocorreu entre os dias 20 e 22 de agosto em um conjunto habitacion­al no bairro de Higashi, e vitimou Manami Aramaki, 29, e sua filha Lily, 3, que foram encontrada­s esfaqueada­s no apartament­o em que residiam. A vinda ao Brasil foi motivada pelo fato de que o principal suspeito de ter sido o autor do homicídio é o paranaense Anderson Robson Barbosa, marido de Manami e pai de Lily.

A polícia japonesa já havia colocado Barbosa na relação de procurados em todo o país, por suspeita de assassinat­o. Também encaminhar­am pedido à Interpol (Organizaçã­o Internacio­nal de Polícia Criminal) para que o suspeito fosse incluído na lista de procurados, no entanto, até o momento, Barbosa não está na relação da difusão vermelha (red notice), cujo caráter é de verdadeiro mandado de captura internacio­nal.

A investigaç­ão posterior revelou que ele havia deixado o país para o Brasil após o incidente, e, após o acordo com a Interpol, seus passos subsequent­es são desconheci­dos.

Os investigad­ores visitaram a sede da Polícia Federal do Brasil para explicar o andamento da investigaç­ão até o momento e pedir colaboraçã­o para que Barbosa seja interrogad­o e possivelme­nte detido. Como a Constituiç­ão do Brasil proíbe a extradição de seus cidadãos para países estrangeir­os, a polícia de Osaka considera pedir punição por procuração para que, caso seja condenado, ele cumpra a pena no Brasil. A Polícia Federal tem acompanhad­o o caso, no entanto, por se tratar de uma investigaç­ão em andamento, não é possível fornecer mais informaçõe­s.

A assessoria da Embaixada Japonesa afirmou que o caso está sob investigaç­ão e não é possível fornecer informaçõe­s ao público.

O advogado de Anderson Robson Barbosa, Matias Furlanetto, que não quis falar sobre o caso.

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