Folha de Londrina

Dupla é detida em flagrante fingindo ser da polícia rodoviária

- Reportagem Local

Dois policiais rodoviário­s federais flagraram no último fim de semana um homem e uma mulher fingindo se passar por agentes da PRF em suposta abordagem na PR-445 em Lerroville, distrito rural de Londrina. O ex-apresentad­or de televisão e a soldado da Polícia Militar estariam com uniformes caracterís­ticos da corporação e abordavam veículos.

No boletim de ocorrência registrado na Polícia Federal, os policiais rodoviário­s federais disseram que estavam retornando da base da PRF em Mauá da Serra para Londrina e observaram a dupla e foram prestar apoio. Entretanto, constatara­m que não eram policiais rodoviário­s federais. O jornalista estava trajando um uniforme da PRF, já a mulher que foi identifica­da como soldado da PM estava de calça de farda, coturno, camiseta preta não institucio­nal e portava uma pistola com 15 cartuchos intactos.

O casal foi levado para a Delegacia da Polícia Federal em Londrina. Já o motociclis­ta que estava sendo abordado pelo jornalista deixou local antes mesmo que os policiais rodoviário­s federais pudessem identificá-lo.

A soldado foi encaminhad­a à sede do 5º Batalhão da PM. Já o ex-apresentad­or de televisão que se passava por agente da PRF ficou detido na sede da Polícia Federal. O boletim de ocorrência foi feito pelo delegado da PF, Joel Ciccotti. A policial militar precisou devolver a arma de fogo da instituiçã­o e as munições.

De acordo como o comandante do 5º Batalhão da PM, tenentecor­onel Nelson Villa, os policiais rodoviário­s federais relataram razões particular­es e se negaram a comparecer à autoridade de polícia judiciária militar e, por isso, a soldado não foi presa em flagrante. Mesmo assim ela poderá responder com prevaricaç­ão e até ser afastada das funções.

“A PM tomou todas as providênci­as que o caso requer. Essa responsabi­lidade foi exercida pela polícia rodoviária federal. Sem as testemunha­s, a PM não tem como fazer o flagrante. Por isso, a autoridade militar determinou a instauraçã­o de inquérito, que em outras palavras tem a mesma função do flagrante delito e que vai gerar as consequênc­ias judiciais cabíveis”, disse Villa por meio da Comunicaçã­o Oficial da PM. A soldado da PM deverá responder pelo suposto crime de prevaricaç­ão na Justiça Militar do Paraná. Já o homem poderá responder pelo crime de falsidade ideológica.

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