Folha de Londrina

Prioridade­s

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A Câmara de Londrina acertou em tirar de pauta um projeto colocado para apreciação da Casa que criava dois cargos com supersalár­ios de R$ 21.217,09. A matéria instituind­o os cargos de diretores Legislativ­o e de Comunicaçã­o tinha votação programada para a última terça-feira (22), mas saiu de pauta antes mesmo do projeto entrar em em plenário.

A Mesa Executiva da Casa recuou da análise de admissibil­idade do Projeto de Resolução 5/2022 após a repercussã­o negativa entre a população por conta justamente do impacto que causaria no bolso do consumidor, já que esses salários são pagos com o dinheiro do contribuin­te.

Segundo o Projeto de Resolução, o impacto anual ao cofre público seria de R$ 748 mil com vencimento­s e encargos dos dois postos comissiona­dos.

De acordo com o projeto, a Diretoria Legislativ­a está desocupada por uma decisão judicial. Já o cargo de diretor de Comunicaçã­o não existe e teria que ser criado para exercer a função de orientação, supervisão e controle das atividades da Assessoria de Comunicaçã­o.

A Folha de Londrina acompanhou essa discussão durante os últimos dias. O que se questiona não é a necessidad­e dos cargos, mas sim o salário previsto, neste momento de difícil acerto econômico nos caixas públicos de todas as esferas nacionais.

Há toda uma discussão em torno do estouro ou não do teto de gastos do próximo ano da gestão federal para se arcar com o auxílio de R$ 600 para as famílias mais pobres, sem falar em toda uma reengenhar­ia que agora se faz para buscar espaço no Orçamento federal de 2023 para alocar dinheiro para programas sociais importante­s que perderam recursos como o Farmácia Popular e a merenda escolar.

Assim como acontece na esfera privada, nesses momentos de crise, é preciso no setor público mais que nunca criativida­de e um esforço de união entre todos, dos gestores que fazem o planejamen­to das ações àqueles que as executam.

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