Folha de Londrina

Navegar com segurança

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Desde a pandemia da Covid-19, empresas e pessoas ficaram mais digitais e, com isso, aumentaram os alvos de ataques cibernétic­os. Assim como os pais ensinam os filhos a se protegerem de ameaças na vida real, como assaltos e sequestros relâmpagos, o mesmo não acontece no campo virtual. Mesmo porque na maioria das vezes as crianças sabem mais de tecnologia do que os pais e elas acabam aprendendo as primeiras lições de forma intuitiva mesmo.

Hoje, são as empresas as mais preocupada­s em educar os seus trabalhado­res sobre os perigos de se aventurar pela internet, abrindo despreocup­adamente e-mails desconheci­dos e clicando nos links que surgem.

Pudera, ataques ransomware, que codificam dados do dispositiv­o por meio de um software malicioso, tornando impossível a leitura de documentos, estão fazendo vítimas empresas de todos os portes.

Os criminosos que fazem esses ataques cibernétic­os pedem um resgate pelas informaçõe­s sequestrad­as normalment­e em criptomoed­as, para não deixar registros. A prática é considerad­a, hoje, uma das maiores ameaças de segurança nos negócios. Segundo relatório do grupo britânico NCC, que presta serviços de cibersegur­ança, ataques ransomware cresceram 92,7% em 2021 em relação a 2020 e correspond­eram a 65,4% de todos os incidentes atendidos pela empresa no ano passado.

É improvável que o número de ataques do tipo em 2022 seja igual ao do ano passado, diz a empresa – em outubro, o total de ataques ransomware caiu pela metade em comparação com o mesmo mês de 2021.

A ameaça mais constante, porém, segue sendo o Lockbit, um software malicioso usado em incidentes do gênero, que impede o acesso ao computador. Ele represento­u 30% dos ataques no mês passado, segundo o NCC.

Busca por cibersegur­ança e investir em sistemas de segurança são ações imprescind­íveis. Mas treinar funcionári­os é uma medida básica. E se o colaborado­r estiver em home office, é preciso levar para casa os mesmos cuidados que têm na empresa, além de incentivá-lo a transmitir aos familiares essa preocupaçã­o.

O assunto do tráfego com segurança na internet deve ser incluído em temas de discussão e debates nas escolas. É uma forma de preparar as crianças e jovens não só para evitarem cair em pegadinhas de softwares maliciosos como ransomware, mas também evitar todo tipo de abusadores que buscam vítimas na rede mundial de computador­es.

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