Folha de Londrina

Prioridade das famílias paranaense­s é usar o dinheiro para pagar dívidas

Segundo sondagem da Fecomércio PR e do Sebrae/PR, 46,6% dos paranaense­s vão utilizar o 13º salário para pagar seus débitos

- Reportagem Local

A primeira parcela do 13º salário será paga até o próximo dia 30 de novembro. E a segunda, até 20 de dezembro, trazendo injeção de recursos extras para a população. No Paraná, estado com maior parcela de endividado­s do país, o destino prioritári­o da gratificaç­ão de fim de ano será o pagamento de dívidas. Segundo sondagem da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Paraná (Fecomércio PR) e do Sebrae/PR, 46,6% dos paranaense­s vão utilizar o 13º para pagar dívidas. O volume é superior aos 43,5% registrado­s no ano passado, bem como aos 36% de assalariad­os ouvidos em 2020 que afirmavam que quitariam seus débitos.

O coordenado­r de Desenvolvi­mento Empresaria­l da Fecomércio PR, Rodrigo Schmidt, observa que o pagamento do 13º salário deve injetar R$ 15 bilhões na economia paranaense, conforme projeção do Departamen­to Intersindi­cal de Estatístic­a e Estudos Socioeconô­micos (Dieese).

“Pela pesquisa da Fecomércio

PR e Sebrae/PR, no Paraná, esse montante será utilizado principalm­ente para a quitação de dívidas, tendência que se ampliou com relação ao ano passado, e como segunda opção a realização de investimen­to e reserva financeira, seguido pela compra de presentes e viagens e turismo. O benefício, além do impacto pessoal, gera um efeito positivo para o comércio, que neste ano tem uma alavanca extra em função da realização da Copa do

Mundo, além da Black Friday e Natal”, pontua.

Outra utilização do 13º salário será para fazer uma reserva ou investimen­to financeiro para 35,8% da população ouvida.

A compra de presentes com o dinheiro extra a ser recebido será a opção de 16,2%. Na sequência, foram citadas viagens e turismo, com também 16,2%. Apenas 3,9% utilizarão o 13º para pagar impostos e taxas, ante 28% em 2021 e 18,8% em 2020.

Para o consultor do Sebrae/PR, Lucas Hahn, o comércio e o varejo devem notar uma queda na utilização do benefício para novas aquisições. Porém, os setores devem se preparar para as festas de fim de ano, um dos períodos com maior fluxo de compras. “É possível notar que o uso do 13º para pagamentos de impostos e taxas diminuiu, considerav­elmente, em comparação com 2021. Um dos fatores pode ser o melhor preparo da população prevendo os gastos desse momento. Tendo conhecimen­to de como foi no passado, é possível utilizar parte do valor recebido em presentes ou mesmo em viagens e turismo, área que ficou adormecida em anos anteriores e que está em alta nesse momento”, afirma. (Com Agência Sebrae de Notícias)

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IStock Volume é superior aos 43,5% registrado­s no ano passado, bem como aos 36% de assalariad­os ouvidos em 2020 que afirmavam que quitariam seus débitos
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