‘Privatizar um hospital como o HU não se justifica’
A O conselheiro geral da Alumni UEL (Associação de ExAlunos da Universidade Estadual de Londrina), Gilberto Martin, afirmou que o projeto de lei que terceiriza a gestão de hospitais tem sido discutido na associação. “O meu posicionamento pessoal e mesmo, a princípio, o que a gente tem discutido entre a associação dos alunos é de um posicionamento contrário a essas privatizações. Privatizar um hospital como o HU, que é um hospital escola, o qual presta um serviço público de excelência, não se justifica. Essa política de privatização cega envolve áreas essenciais para a população como saúde e educação e, na minha opinião, é equivocada porque essas são áreas que são de responsabilidade do gestor público.”
Ele afirma que o gestor público tem que ter capacidade, competência e tino administrativo para gerir essas áreas. “Quem tem que garantir assistência em áreas tão básicas como essa é o poder público. À medida que você privatiza, você vai perdendo o controle sobre o funcionamento dessas áreas.”
A reportagem procurou a assessoria de imprensa da UEM (Universidade Estadual de Maringá), que mantém o Hospital Universitário de Maringá. A assessoria informou que o reitor Leandro Vanalli preferiu não se manifestar, porque ainda estão ocorrendo tratativas com o secretário estadual da Saúde, Beto Preto.
A assessoria de imprensa da UEPG (Universidade Estadual de Ponta Grossa), mantenedora do Hospital Universitário Regional dos Campos Gerais, também foi procurada, mas sem sucesso.
Já a Apiesp (Associação Paranaense das Instituições de Ensino Superior Público) emitiu uma nota pela qual informa que, a partir do conhecimento do Projeto de Lei 522/2022, procurou Beto Preto. Uma reunião para esclarecimento dos objetivos da proposta aconteceu nesta sexta-feira (2), na Sesa. O encontro contou também com a participação do superintendente geral de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Aldo Bona, e representantes das instituições de ensino superior que mantêm hospitais universitários.
“Na oportunidade, o secretário garantiu que o PL assegura a autonomia das universidades, o compromisso de financiamento público dos HUs e a não interferência no funcionamento das inúmeras atividades didático-pedagógicas que sustentam a qualidade da assistência e a contínua formação de profissionais da saúde que caracterizam nossos hospitais universitários. A Apiesp solicitou ainda uma agenda permanente com a Sesa, para que as decisões relativas às políticas de saúde no Estado possam ser construídas cada vez mais conjuntamente com as universidades.”